Hip-hop piauiense, Encontro no Semi-Árido e dicionário de Economia Solidária

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Hip-hop piauiense produzindo economia solidária
Mano Robson, Etnailem, Preta Iaiá, Esan e D’Esquina são alguns dos grupos que fazem parte do Projeto Hip-Hop Arte – Produzindo Identidade, que se utiliza da originalidade, irreverência e musicalidade para pensar e criar ferramentas que gerem autonomia e autogestão, não só para os integrantes do movimento hip-hop, mas também para os simpatizantes. “Gerar renda não é o único objetivo, na verdade queremos mostrar as ferramentas necessárias para que isso aconteça”, explica Gil Ferreira, um dos coordenadores. Segundo ele, o projeto tem estreitas ligações com a economia solidária. “Somos do Fórum Estadual de Economia Solidária e participamos do Ecosol. Realizamos reuniões diretamente com os grupos, pois cada um tem uma especificidade do seu trabalho, orientando estes grupos para que saiam da informalidade e formem companhias, cooperativas”, explica Gil.
O projeto já mapeou 30 iniciativas que integram a cultura hip-hop de Teresina e alcança cerca de 250 jovens. Entre eles, grupos de rap, de break, dance, grafiteiros e pequenos produtores de roupas especializados em moda street. Os grupos, ao serem mapeados e contatados, passam pelo processo de fortalecimento técnico, político e solidário via palestras, consultorias e oficinas em diversos temas, como economia solidária e cooperativismo. “O projeto vem dando aos jovens meios viáveis de produzir e escoar sua produção cultural, pois o projeto trabalha para viabilizar intercâmbios nacionais e internacionais que possibilitem colocar a cultura hip-hop do Piauí num patamar de destaque no cenário nacional”, explica Lamartine Silva, um dos gestores do projeto.
Um dos exemplos concretos que mostram o quanto o projeto já contribuiu é a formação da grife Mucambu, uma marca de roupas street que atualmente vem distribuindo seus produtos para vários lugares no Brasil. Proposto e executado pela Associação Piauiense de Hip-Hop e Juventude Periférica, o projeto tem patrocínio da Petrobras, além de ser um também ponto de cultura.
Saiba mais sobre o projeto na página eletrônica www.hiphoparte.com.br ou entre em contato pelo telefone: (86) 8827-8256.

Foto: Gleiceani NogueiraASACom
Encontro no Semi-Árido pede Território Livre de Transgênicos e sementes como patrimônio da humanidade
A Carta Política do I Encontro de Sementes do Semi-Árido Brasileiro, promovido pela Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) e pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), realizado em Campina Grande (PB), destaca a experiência dos 450 bancos ou casas de sementes comunitárias e pede que as sementes chamadas de tradicionais ou nativas sejam consideradas patrimônio da humanidade.
Segundo a declaração, as sementes locais são diferenciadas e possuem vantagens em relação às condições de plantio e adaptação, se comparadas com as transgênicas, além de serem “heranças deixadas pelos antepassados”. Justamente por isso, conservar as sementes é “um importante serviço que a agricultura familiar no Semi-Árido tem prestado para a segurança alimentar da sociedade e para a autonomia tecnológica de nossa agricultura”.
A Carta ainda propõe que o Semi-Árido seja considerado um Território Livre de Transgênicos. E identifica que os programas governamentais de distribuição de sementes têm causado a perda da diversidade das sementes adaptadas às condições climáticas da região, uma vez que não respeitam e não reconhecem as sementes locais, distribuindo poucas variedades – não-adaptadas e produzidas por empresas privadas em regiões ecológicas bem diferentes do Semi-Árido.
A íntegra da carta pode ser acessada no site da revista Fórum

Dicionário Internacional da Outra Economia ganha versão em português
Traduzido a partir do Dictionnaire de l’autre économie, o Dicionário Internacional da Outra Economia ganhou uma versão em português. Sob coordenação de Antonio David Cattani, Jean-Louis Laville, Luiz Inácio Gaiger e Pedro Hespanha, a obra apresenta verbetes com os conceitos e as teorias principais sobre as alternativas à economia capitalista. Abrange os fundamentos econômicos e suas modalidades, além dos marcos históricos do pensamento alternativo e temas específicos como autogestão, bens públicos mundiais, comércio justo, economia feminista, redes sociais e solidariedade.
Para baixar o dicionário, acesse a página eletrônica da revista Fórum