Quais dificuldades encontram os moradores das comunidades brasileiras para disseminar a cultura das periferias? A ocupação das mídias alternativas, a produção independente com recursos limitados, criatividade e a capacitação dos protagonistas das narrativas periféricas tem sido uma forma de driblar os gargalos impostos por um modelo segregador, excludente e ultrapassado.
Ainda que algumas ações governamentais incentivem e possibilitem por meio de editais e leis de incentivo a produção cultural nas quebradas, muitos destes recursos são usurpados por produtores, artistas e conglomerados culturais de grandes corporações, detentores do capital financeiro. Esta apropriação covarde e as portas fechadas da mídia tradicional resultaram na organização de movimentos e coletivos das periferias com o objetivo de superar estas barreiras e fazer valer estas iniciativas públicas a quem, de fato, elas são destinadas.
Para contar a experiência de alguns destes grupos transgressores, convidamos Marcus Faustini, coordenador da Agência de Redes para Juventude (RJ), organização que mobiliza jovens de favelas e periferias do Rio, Londres e Manchester para a produção de iniciativas idealizadas pelas comunidades, Rosângela Macedo, fundadora da Comunidade Cultural Sambaqui, coletivo dedicado à pesquisa e manutenção da cultura afro-paulista, Giovanni Baffô, poeta e integrante do Coletivo Vie La En Close, grupo nascido na Favela do Morumbizinho, com a proposta de levar poesia, música, teatro, performance, artes plásticas, cinema e fotografia às favelas e vielas afastadas dos grandes centros urbanos.
Com mediação de Luana Bartholomeu (Agência Papagoiaba), Maria Frô (Blog da Maria Frô) e Igor Carvalho (Revista Fórum), o debate será transmitido ao vivo pelo SPressoSP (www.spressosp.com.br) e o público poderá contribuir com opiniões e realizar perguntas por meio das redes sociais com a hashtag #BrasilPerifa.
Participe!