IBGE: desemprego atinge 12,9 milhões e renda média é a menor desde 2012

O Pnad também revela que o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 12 milhões, uma alta de 9,5%

Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
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De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (28) o desemprego ficou em 12,1% no trimestre encerrado em outubro, ou seja, 12,9 milhões de brasileiros estão sem trabalho.

Além do alto desemprego, o rendimento médio da população ocupada também encolheu pelo 5º trimestre seguido e caiu para R$ 2.449, o menor valor já registrado na série histórica da pesquisa, que começou em 2012.

Segundo o IBGE, o valor representa uma queda de 4,6% frente ao trimestre anterior e uma redução de 11,1% em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Por sua vez, o número de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) ficou em 5,1 milhões.

Informalidade em alta

O Pnad também revelou que a taxa de informalidade se manteve em alta e atinge 40,7% da população ocupada, ou 38,2 milhões de trabalhadores. No trimestre anterior, a taxa registrada havia sido de 40,2% e, no mesmo trimestre de 2020, de 38,4%.

Já o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada totalizou 33,9 milhões, uma alta de 4,1% frente ao trimestre anterior e 8,1% frente a 2020.

Na outra ponta, o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 12 milhões, uma alta de 9,5% (1 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e de 19,8% (2 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2020.

Os números apresentados pelo IBGE revelam um cenário de alta informalidade e queda brutal da renda média da classe trabalhadora.

Além disso, estudo divulgado nesta terça pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE) aponta que o índice de confiança do comércio e de serviços voltaram a cair em dezembro.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad).

Com informações do IBGE e G1