Igreja Universal aciona polícia após pastores roubarem R$ 3 milhões de dízimos

Igreja de Edir Macedo acionou a polícia após constatar prejuízo milionário em seus cofres. Grupo de 12 pastores roubava dinheiro doado por fiéis à instituição e lavava com "Faraó dos Bitcoins"

Bolsonaro com Edir Macedo no Templo de Salomão (Foto: Alan Santos/PR)
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O Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um esquema criminoso em que 12 ex-pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, teriam roubado cerca de R$ 3 milhões em dízimos pagos à instituição, que pertence ao bispo Edir Macedo, dono da TV Record e aliado de Jair Bolsonaro (Sem partido).

Segundo informações de Mirelle Pinheiro e Carlos Carone, em reportagem neste sábado (9) no site Metrópoles, a denúncia partiu da própria Igreja Universal, que amargou o prejuízo em seus cofres.

A organização criminosa seria comandada pelo ex-pastor regional Nei Carlos dos Santos e abriu empresas de fachada para lavar o dinheiro vindo do dízimo dos fiéis, principalmente no chamado "culto dos 318", destinado a empresários e pessoas que querem melhorar a vida financeira.

Santos também é investigado pela Polícia Federal nas investigações sobre Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins.

Segundo a PF, os pastores teriam abastecido o esquema do "Faraó" para lavar dinheiro com a criptomoead.

Segundo a reportagem, os pastores são acusados de organização criminosa, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.

A Universal, que acionou a polícia após constatar o prejuízo nos cofres, demitiu os 12 pastores.