"Imagine o absurdo de busca e apreensão aqui em casa", diz Carluxo sobre ação contra ele por coleta de provas no caso Marielle

Na manhã desta segunda-feira (4), parlamentares do PT protocolaram no STF uma notícia-crime contra Bolsonaro, o filho Carlos e o ministro da Justiça, Sergio Moro, depois que o presidente afirmou ter pegado as gravações da portaria do condomínio onde mora, que são provas das investigações do assassinato de Marielle Franco

Carlos e Jair Bolsonaro (Reprodução/Flickr)Créditos: Flickr Bolsonaro
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O vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) tem perdido o sono após as investigações do assassinato de Marielle Franco (PSol) e Anderson Gomes baterem à porta do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro. Às 6h41 desta terça-feira (5), Carluxo tuitou sobre uma ação proposta por parlamentares petistas levarem ao cumprimento de uma ação de busca e apreensão na sua casa. "Vampiro,Amante e Montanha,acusados de desvios de milhões de R$ na Lava-Jato,entraram na justiça contra mim,Moro e o Presidente no caso Marielle. Imagine o absurdo de busca e apreensão aqui em casa por acessar a secretária eletrônica onde todos os moradores têm acesso?Não pararei!", tuitou. Adepto ferrenho da política de confronto que aprendeu com seu guru, Olavo de Carvalho, o vereador se refere aos parlamentares petistas pelos supostos apelidos encontrados pela Lava Jato em planilhas da Odebrecht. Drácula - e não Vampiro, como cita o filho de Jair Bolsonaro - seria referência ao senador Humberto Costa (PT-PE), Amante seria a Alcunha da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do partido, e Montanha é alusão ao deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Na manhã desta segunda-feira (4), os três protocolaram junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra Bolsonaro, o filho Carlos e o ministro da Justiça, Sergio Moro. O motivo da notícia-crime é a afirmação pelo próprio presidente, no sábado (2), de que ele havia pegado os áudios da portaria de seu condomínio na Barra da Tijuca - uma possível obstrução de justiça, já que os arquivos são provas relacionadas às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco.