Impeachment de Trump é aprovado na Câmara dos EUA

Indignado, Trump classificou a aprovação de seu impeachment na Câmara como "um ataque à América"; presidente norte-americano permanecerá no cargo até uma decisão definitiva do Senado

Reprodução/ White House/Flickr
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A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos protagonizou neste quarta-feira (18) um episódio histórico para o país: aprovou por maioria o impeachment do presidente Donald Trump. A aprovação do impedimento do republicano já era esperada, visto que a maioria da Casa pertence ao Partido Democrata - opositor ao governo. Para que o impeachment passasse, eram necessários 226 votos - uma maioria simples dos 431 parlamentares no plenário. Diferentemente do Brasil, em que o presidente se afasta do cargo assim que o impeachment é aprovado na Câmara, nos EUA o mandatário fica no cargo até uma decisão final do Senado. É quase certo, portanto, que o Senado estadunidense barre o impeachment e Trump continue como presidente, já que a maioria nesta Casa, ao contrário da Câmara, é do partido do chefe do Executivo. A votação aconteceu à noite, após mais de 10 horas de intenso debate entre os deputados. O pedido de impedimento do republicano está ligado a dois crimes que teriam sido cometidos pelo presidente contra Joe Biden, ex-vice-presidente, que aparece na liderança da disputa interna entre os pré-candidatos do Partido Democrata. Trump teria pressionado o governo da Ucrânia a iniciar uma investigação contra o filho do democrata e depois teria tentado encobrir as irregularidades e atrapalhar as investigações quando o caso veio à tona. Em relatório apresentado na segunda-feira (16), um painel da Câmara detalhou que as acusações que pesavam contra Trump eram as de “trair o país ao abusar de sua posição para obrigar um país estrangeiro a corromper as eleições democráticas”. Pelo Twitter, mais cedo, Trump se mostrou indignado com a decisão que já era prevista: "Um ataque à América". Antes, ele já havia definido o processo de impeachment como um "golpe". A votação no Senado que decidirá pela permanência ou não de Trump no cargo será marcada para janeiro.