Impeachment... Para Gilmar Mendes

Ministro atenta abertamente contra a Constituição e o regimento do STF ao pedir vistas de uma votação já decidida e age como um ditador de toga, diz Ricardo Melo

Gilmar Mendes: (Foto:Antonio Cruz/Agência Brasil)
Escrito en POLÍTICA el
Ministro atenta abertamente contra a Constituição e o regimento do STF ao pedir vistas de uma votação já decidida e age como um ditador de toga, diz Ricardo Melo Por Redação [caption id="attachment_63746" align="alignleft" width="300"]Gilmar Mendes: (Foto:Antonio Cruz/Agência Brasil) Gilmar Mendes: pouco interessa a voz da maioria (Foto:Antonio Cruz/Agência Brasil)[/caption] O colunista da Folha de S. Paulo, Ricardo Melo, publicou um artigo no jornal de hoje (20) com o impagável título: Impeachment....Para Gilmar Mendes, onde destaca que o Brasil assiste atualmente a um espetáculo“digno das repúblicas bananeiras de outrora”. E relembra que há mais de um ano, por 6 a 1, o Supremo Tribunal Federal havia decidido proibir o financiamento privado de campanhas. Mas que Gilmar Mendes pediu vistas ao processo e nunca mais o devolveu. Melo afirma que Gilmar Mendes atenta abertamente contra a Constituição e o regimento do STF ao pedir vistas de uma votação já decidida, e decide, ditatorialmente, que pouco interessa a voz da maioria. “A democracia formal reza que a cada um, cabe um voto. Na ‘gilmarocracia’, a cada um, ele, cabem todos os votos.” Melo também chama atenção para “o espantoso (...) silêncio obsequioso do próprio Supremo, do Congresso, das instituições da sociedade civil em geral”. No final do seu artigo, Melo ainda arruma espaço para tocar numa história que passou praticamente batida pela cobertura política, a prescrição de pena de Barros Munhoz, deputado estadual do PSDB e ex-presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo. O espertalhão já havia escapado, também por prescrição, de crimes como formação de quadrilha, fraude em licitações e omissão de informação ao Ministério Público. "O pulo do tucano: um desembargador, Armando de Toledo, sentou em cima de processos contra Munhoz por três anos, tempo suficiente para as acusações perderem efeito. Qualquer semelhança com os ritos do mensalão tucano não é mera coincidência." A íntegra do artigo pode ser lida aqui.