O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou a pessoas próximas que as Forças Armadas e integrantes do governo Jair Bolsonaro se incomodaram com a sua fala sobre os militares no Ministério da Saúde porque ela “bateu em uma perna quebrada” da gestão.
Em uma live no último sábado (11), Gilmar Mendes afirmou que o Exército, que passou a ocupar a pasta, se associou a um “genocídio”, em crítica à forma como o governo atua na crise do coronavírus.
O ministro também disse a articuladores que recebeu com “tranquilidade” a informação de que será acionado na Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo Ministério da Defesa. As informações foram reveladas pela coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo.
A fala do ministro também motivou uma nota do Ministério da Defesa, que a considerou "uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana".
Segundo a coluna, Gilmar também disse a pessoas próximas que não imputou crimes a ninguém em suas falas, mas que tem alertado que Bolsonaro e integrantes do governo podem ser acionados na Justiça pela conduta na pandemia.