"Indelicado": diretor da TV Cultura critica Glenn por campanha a favor do Intercept no Roda Viva

Leão Serva foi coordenador de imprensa da prefeitura de São Paulo durante as gestões de José Serra e Gilberto Kassab

O diretor de jornalismo da TV Cultura, Leão Serva (Reprodução/YouTube)
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Leão Serva, diretor de jornalismo da TV Cultura, não gostou da campanha que surgiu nas redes sociais pedindo a participação de um dos jornalistas do The Intecept Brasil na entrevista do programa Roda Viva com o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Serva afirmou que a bancada - bastante amigável para o ex-juiz federal - não recebeu sugestões ou passou por vetos. Em conversa com o colunista Maurício Stycer, o diretor classificou a postura do editor do The Intercept, Glenn Greenwald, e de outros jornalistas do veículo, como "indelicada", por cobrarem participação no programa devido às reportagens da Vaza Jato - que desvelou mensagens secretas que Moro mantinha com procuradores de Curitiba. "A escolha do entrevistado e dos entrevistadores é feita pela TV Cultura. Não pedimos sugestões nem submetemos a bancada ao entrevistado. Alguns já fizeram sugestões, mas nenhuma foi acatada", afirmou ainda Serva. Além de Vera Magalhães, colunista do Estadão que estreia no comando do programa, estarão na bancada Alan Gripp, diretor de redação do jornal O Globo; Andreza Matais, diretora da sucursal de Brasília do Estadao; Leandro Colon, diretor da sucursal de Brasília da Folha de S.Paulo; Malu Gaspar, repórter da Revista Piauí; e Felipe Moura Brasil, diretor de Jornalismo da Jovem Pan e organizador do livro “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”, de Olavo de Carvalho.

Leão Serva

Com passagens por Valor Econômico, Folha de S. Paulo, Placar e Diário de S. Paulo, entre 2005 e 2009 foi Coordenador de Imprensa da prefeitura de São Paulo durante as gestões de José Serra e Gilberto Kassab. Em agosto de 2019, Serva assumiu a direção de Jornalismo da TV Cultura, emissora pública de São Paulo comandada pela Fundação Padre Anchieta. Em abril 2017, escreveu um artigo elogiando o então prefeito de São Paulo e hoje governador, João Doria, dizendo que ele merecia a popularidade que tinha. "O que me parece que falta aos analistas e à opinião pública em geral é a capacidade de perceber que Doria pode estar quebrando um paradigma da administração pública brasileira: a de que zeladoria não dá votos", escreveu na época.