Instituto que homenageia fundador da TFP quer entrar com ação contra samba da Mangueira

O instituto iniciou campanha contra o que vê como “blasfêmia” da Mangueira, e reuniu mais de 45 mil apoiadores em quatro dias

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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O Instituto que leva o nome de Plinio Corrêa de Oliveira, fundador da organização de extrema-direita Tradição, Família e Propriedade (TFP), cogita entrar com ação contra o samba-enredo da Estação Primeira de Mangueira, que retrata Jesus como negro, índio e com corpo de mulher. “Isso está em estudo. Por enquanto queremos alertar a sociedade para a perseguição aos cristãos”, diz Frederico Viotti, membro da entidade. O grupo já organiza um abaixo-assinado contra a verde e rosa. O instituto iniciou na sexta (17) campanha contra o que vê como “blasfêmia” da Mangueira, e reuniu mais de 45 mil apoiadores em quatro dias. “Ataque a homossexuais ou negros seria proibido pela Justiça. Como é contra o catolicismo, vira liberdade de expressão”, diz Viotti. Messias de arma na mão O samba “A verdade vos fará livre”, composto por Manuela Oiticica, conhecida como Manu da Cuíca, e pelo seu parceiro e marido, o compositor Luiz Carlos Máximo, conta a história de Jesus Cristo que volta à terra irmanado com os mais pobres, os moradores das favelas, assim como Ele, torturados e assassinados pelo Estado. Um enredo épico que avisa: Favela, pega a visão, Não tem futuro sem partilha, Nem Messias de arma na mão Leia aqui entrevista que Manu concedeu à Fórum em dezembro. Com informações da coluna de Mônica Bergamo