Israel retira suas tropas de Gaza. 80 mil palestinos estão sem casa

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Um dia após a posse histórica de Barack Hussein Obama como presidente dos Estados Unidos, Israel decidiu retirar as tropas que invadiram a Faixa de Gaza em 3 de janeiro. A informação foi dada por um porta-voz do exército israelense à imprensa.

O indicativo de que Israel retiraria suas tropas das terras palestinas foi dada no dia 18, em decisão assumida unilateralmente pelo país. O Hamas aceitou o cessar-fogo e declarou, no mesmo dia, que daria uma semana de tolerância para que o exército se retirasse completamente de Gaza.

Até hoje, a ofensiva israelense iniciada no dia 27 de dezembro do ano passado, conhecida como Operação Chumbo Fundido, resultou na morte de quase 1.400 palestinos e 5.500 feridos. Do lado israelense, as baixas totalizaram 13 soldados e 140 feridos.

No dia 12, médicos noruegueses que trabalham na região divulgaram que estavam recebendo mortos e feridos típicos de um ataque com bomba de fósforo branco. A substância, em contato como oxigênio, causa incêndios e não pode ser combatida com simples extintores, apenas com areia. Seu uso em armas químicas é proibido por convenções de desarmamento.

Muitos palestinos também sofrem ainda com a perda de suas casas por conta dos bombardeios. De acordo com as Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, são 80 mil cidadãos que, em três semanas, não têm mais onde morar e estão dormindo provisoriamente nas escolas que não foram atingidas pela artilharia israelense. A Unicef planeja enviar uma equipe de 70 psicólogos para atender a população de Gaza.

Responsabilização
Movimentos sociais e órgãos internacionais já pedem que Israel seja responsabilizado pelo massacre da população palestina nestas últimas três semanas e por ter violado diversas convenções internacionais. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) constituiu um Comitê Presidencial para preparar denúncias de crimes contra a humanidade praticados por Israel cometidos na Faixa de Gaza

Também foi lançada uma campanha na internet, em que qualquer internauta pode participar, defendendo o julgamento do Estado de Israel por crimes contra a humanidade. Saiba mais

Com informações da BBC.