Israel tem centro secreto de tortura, acusa ONU

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O Comitê Antitortura das Nações Unidas denunciou a utilização pelo Serviço Geral de Segurança israelita de um centro secreto de detenção e interrogatórios, situado num local inacessível ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e aos advogados dos detidos. O Comité recebeu queixas de torturas, maus-tratos e condições de detenção deficientes.

Segundo as informações recebidas pelo Comitê Antitortura, alguns oficiais israelitas de Segurança submetem os presos palestinianos a actos que violam a convenção contra tortura antes, durante e depois dos interrogatórios. Privação do sono e espancamentos são algumas das violências relatadas. A ONU exige que Israel permita o acesso de funcionários da Cruz Vermelha a este Centro, designado por "instalação 1391", e que se situa num "local indeterminado de Israel".
Mas estas não são as únicas acusações do Comitê Antitortura a Israel, que manifesta igualmente preocupação pelo facto dos suspeitos não terem acesso imediato a um advogado e pela detenção dos familiares de suspeitos como táctica de pressão. Além disso, o Comité Antitortura quer que Israel explique uma lei que permite a detenção até 8 dias de crianças com 12 anos antes de serem levadas a julgamento.

Em relação ao Centro secreto de tortura, Israel nega que as instalações referenciadas sirvam para interrogatórios e afirma que desde 2006 que não são usadas para detenções.
Sobre as outras acusações um responsável israelita afirma que "conciliar a prevenção do terrorismo com a protecção dos direitos humanos" é claramente uma tarefa complexa.

Com informações do Esquerda.net.