O histórico levante de mulheres jamaicanas contra a cultura do estupro

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Mulheres da Jamaica tomaram as ruas da capital Kingston em um protesto nunca antes visto na ilha. Capitaneado pelo coletivo Tambourine Army, o ato levantou bandeiras contra a violência de gênero em um país que registra índices assustadores de mortes e agressão de mulheres. Confira  Por Fernando Vife, na Agência Plano, com fotos de Daniela Paoliello No decorrer das comemorações do Dia Internacional da Mulher celebrado no dia 08 de março em todo o mundo, um coletivo de mulheres jamaicanas denominado Tambourine Army realizou neste último sábado (11) um dos maiores protestos contra a violência de gênero já vistos na região (ou ilha). A marcha foi realizada em solidariedade a uma série de outros protestos organizados em todo o Caribe, tendo como bandeira o combate à cultura do estupro e o fim da violência contra a mulher. Durante a marcha, gritos de "this is a war" (isso é guerra) e "nah mek dem win" (eles não irão vencer) davam o tom combativo do protesto.
A Jamaica apresenta índices assustadores de violência contra a mulher, ocupando lugar entre os dez países com as maiores taxas de estupro no mundo, de acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC). O Tambourine Army também possui uma pauta de 20 pontos que tratam do combate à violência de gênero e busca empoderar as mulheres não apenas prestando homenagens às vítimas e oferecendo solidariedade às sobreviventes, mas principalmente através da construção de uma plataforma incisiva para o fortalecimento da luta das mulheres jamaicanas e caribenhas. Confira, em imagens, como foi o ato. [gallery columns="2" size="large" ids="99529,99530,99531,99532,99533,99535,99536,99537,99538,99539,99540,99541,99542,99543,99544,99545,99546,99547,99548,99549,99550,99551,99552,99553,99554,99555,99556" orderby="rand"]