Jânio de Freitas: “Não há panelaços e bonecos infláveis para os acusados do governo Temer”

Coluna do jornalista Jânio de Freitas na Folha desta quarta-feira (15) define de maneira fulminante: “O poder pós-impeachment compôs-se de sócios-atletas da Lava Jato”. O jornalista não deixa pedra sobre pedra sobre governo e aliados: “Como disse Aécio Neves: ‘Nosso alinhamento com o governo é para o bem ou para o mal’”. Leia o texto aqui.

Jânio de Freitas. Foto: Divulgação
Escrito en POLÍTICA el
Coluna do jornalista Jânio de Freitas na Folha desta segunda-feira (12) define de maneira fulminante: “O poder pós-impeachment compôs-se de sócios-atletas da Lava Jato”. O jornalista não deixa pedra sobre pedra sobre governo e aliados: “Como disse Aécio Neves: ‘Nosso alinhamento com o governo é para o bem ou para o mal’”. Leia o texto aqui. Por Jânio de Freitas Não há panelaços e bonecos infláveis para os acusados do governo Temer Agora ficou mais fácil compreender o que se tem passado no Brasil. O poder pós-impeachment compôs-se de sócios-atletas da Lava Jato e, no entanto, não há panelaço para o despejo de Moreira Franco, ou de qualquer outro da facção, como nem sequer houve para Geddel Vieira Lima. Não há panelaços nem bonecos inflados com roupa de presidiário. Logo, onde não há trabalhador, desempregado, perdedor da moradia adquirida na anulada ascensão, também não há motivo para insatisfações com a natureza imoral do governo. Os que bancaram o impeachment desfrutam a devolução do poder aos seus servidores. Os operadores políticos do impeachment desfrutam do poder, sem se importar com o rodízio forçado, que não afeta a natureza do governo. Derrubar uma Presidência legítima e uma presidente honesta, para retirar do poder toda aspiração de menor injustiça social e de soberania nacional, tinha como corolário pretendido a entrega do Poder aos que o receberam em maioria, os geddeis e moreiras, os cunhas, os calheiros, os jucás, nos seus diferentes graus e especialidades. Como disse Aécio Neves a meio da semana, em sua condição de presidente do PSDB e de integrante das duas bandas de beneficiários do impeachment: "Nosso alinhamento com o governo é para o bem ou para o mal". Não faz diferença como o governo é e o que dele seja feito. Se é para o mal, também está cumprindo o papel a que estava destinado pela finalidade complementar da derrubada de uma Presidência legítima e de uma presidente honesta. Não há panelaço, nem boneco com uniforme de presidiário. Também, não precisa. Terno e gravata não disfarçam.