Jean Wyllys: PSDB e DEM fazem "silêncio ensurdecedor" diante das declarações de Bolsonaro

O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) criticou, em seu perfil no Facebook, a falta de posicionamento dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados em relação às declarações agressivas de Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Foto: Arquivo/Montagem
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O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) criticou, em seu perfil no Facebook, a falta de posicionamento dos partidos de oposição na Câmara dos Deputados em relação às declarações agressivas de Jair Bolsonaro (PP-RJ) Por Redação Uma onda de indignação e revolta tomou conta do país após as declarações agressivas e criminosas do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) contra a também deputada Maria do Rosário (PT-RS), ex-ministra dos Direitos Humanos, quando vociferou no plenário, na última terça-feira (9), que não a estupraria "porque ela não merece". Nas redes, surgiram movimentos e petições exigindo a cassação deste, que foi o deputado mais votado do Rio de Janeiro. O próprio PT já entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de ofensa cometido pelo parlamentar. Mas enquanto o Psol, PSB e PCdoB afirmaram apoiar a medida, os partidos de oposição não se manifestaram a respeito. Leia abaixo o questionamento do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ): Há alguns aspectos interessantes para se observar na reação parlamentar ao mais novo episódio de violência verbal e violação de dignidade humana perpetrados pelo deputado fascista eleito com mais de 400 mil votos na cidade do Rio de Janeiro (e que elegeu um filho-clone com significativa votação em São Paulo):

1. Os dois maiores partidos da oposição à direita na Câmara - DEM e PSDB - fizeram um silêncio ensurdecedor diante da postura do fascista e fizeram ouvidos moucos e caras de paisagem aos pronunciamentos do PSOL, PC do B, PT e PSB contra a postura do fascista. Nem sequer aplaudiram nossas falas! 2. Mesmo não falando em nome de todo o PMDB, o maior partido da base aliada (Eduardo Cunha, o líder deste partido na Câmara, agiu como se o episódio não tivesse ocorrido), o presidente Henrique Eduardo Alves repudiou timidamente a postura do deputado fascista; timidamente, mas, ao menos, repudiou. 3. O líder do PP - partido ao qual pertence o fascista - também se calou providencialmente. Nem um ai. 4. Ao fim da sessão de hoje, agora há pouco, o deputado fascista já estava se cercando de Caiado, Mendonça Filho, Domingos Sávio e representantes do PSC (o partido cristão!) numa conversinha que nós já sabemos aonde vai dar. Não por acaso, as representações contra ele nunca resultam em punições por parte da Corregedoria nem do Conselho de Ética da Câmara. 5. Se vocês esperam que algo seja feito de concreto contra esse fascista, então, comecem a pressionar, com e-mails e ligações, os membros da Corregedoria e do Conselho de Ética da Câmara. Cobrem da grande imprensa que se posicione de modo contundente contra o que faz esse deputado (ela em geral o trata como uma piada inócua, enquanto muitos sofrem com as falas e ações do fascista). E, principalmente, desnudem o silêncio sorridente desses partidos diante dessa violência às mulheres. Foto de Capa: Brasil 247