JN destaca falhas e falta de transparência de Bolsonaro no combate ao coronavírus

Telejornal da Globo criticou a gestão do general Eduardo Pazuello e lembrou que o Brasil, com um milhão de casos e 50 mil mortes, está há mais de mês com um ministro da Saúde interino

Foto: Reprodução/TV Globo
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O Jornal Nacional desta segunda-feira (22) fez duras criticas ao Ministério da Saúde e à forma como o governo Jair Bolsonaro vem enfrentando a pandemia de coronavírus no país.

“O Ministério da Saúde está a 38 dias sem um titular. Desde que o general Eduardo Pazuello assumiu o cargo interinamente o ministério tentou restringir o acesso aos dados sobre a pandemia e tem reduzido cada vez mais a importância das entrevistas diárias sobre ações do governo”, resumiu William Bonner, ao chamar o material sobre o tema.

A reportagem destacou que o país já ultrapassou 1 milhão de infectados e 50 mil mortes, mas o Ministério da Saúde ainda não se manifestou. “Tem sido assim há mais de um mês”, assinalou a repórter.

O JN lembrou os atrasos no boletim e, depois, a omissão dos totais de infectados e mortes, dado que voltou a ser divulgado apenas após decisão do Supremo Tribunal Federal. Com Pazuello, os casos confirmados de coronavírus quadriplicamram e as mortes foram 14,8 para 50 mil.

Na sequência, o telejornal deu espaço para especialistas da área de saúde que criticaram a falta de clareza do governo nas estratégias de combate ao coronavírus, a falta de orientação para estados e municípios e a falta de transparência na divulgação dos dados. “Deixa a população a deriva, sem uma informação precisa e correta”, apontou um dos entrevistados.

O JN ouviu ainda o ministro Luiz Fux, do STF, para rebater um posicionamento de Jair Bolsonaro. O presidente tem alegado que uma decisão da Corte passou a responsabilidade sobre a gestão da crise da pandemia para os estados e municípios. Na reportagem, Fux afirmou que a decisão, que deu autonomia para executivos regionais, não exime o executivo federal de estabelecer orientações gerais, de fazer o planejamento dos planos de combate e de suprir os demais entes da federação.