Joaquim Barbosa se diz contra a redução da maioridade penal

O ex-ministro do STF - tido como herói por opositores de Lula e Dilma - afirmou que apoia a posição do governo federal em ser contra a proposta de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos; "Estão brincando com fogo", escreveu em sua conta do Twitter, contrariando alguns fãs, que chegaram a chamá-lo de "comunista".

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O ex-ministro do STF - tido como herói por opositores de Lula e Dilma - afirmou que apoia a posição do governo federal em ser contra a proposta de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos; "Estão brincando com fogo", escreveu em sua conta do Twitter, contrariando alguns fãs, que chegaram a chamá-lo de "comunista" Por Redação Tido por muitos como possível candidato à presidência da República em 2018 e "herói" dos opositores do governo Dilma, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, decepcionou alguns de seus fãs na noite desta terça-feira (30). Apesar de, recorrentemente, tecer inúmeras críticas a Dilma, o ex-presidente da Corte afirmou ser contra a proposta de redução da maioridade penal (PEC 171/93) - mesma posição do governo federal - que está em discussão no Congresso. "Maioridade penal: eu apoio integralmente a posição do governo federal, contrária à redução da maioridade penal. Estão brincando com fogo!", escreveu Barbosa em sua conta do Twitter durante a votação, na Câmara, do texto que propõe a redução da maioridade penal para os casos de crime hediondo.  O ex-ministro, que chegou a ser chamado de "caçador de petralhas" ou ainda "herói da pátria" por ter julgado a Ação Penal 470 (mais conhecida como 'mensalão'), não parou por aí. Ele fez uma sequência de tweets criticando, inclusive, a agenda conservadora que vigora hoje no Congresso Nacional. "Maioridade penal: desconfiemos dos propósitos e da ideologia dessa maioria parlamentar que quer impor a sua agenda ao nosso país", escreveu. Em pouco tempo, inúmeras mensagens ofensivas de seus seguidores começaram a aparecer. "Comunista", "Cala a boca!" e "Bolsonaro presidente" foram algumas delas. Como a proposta votada nesta terça-feira foi derrotada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), deve colocar ainda nesta quarta-feira (1) para votação uma emenda aglutinativa com o intuito de reverter o cenário e aprovar a PEC, apoiada por ele. A diferença entre o texto derrotado nesta madrugada e o novo a ser votado hoje é que o tráfico de drogas e o roubo qualificado seriam excluídos do rol de crimes que levaria o jovem com menos de 18 anos de idade a responder como um adulto. Foto: Fellipe Sampaio/STF