Jornada de lutas promete ocupação em defesa da educação

Entidades estudantis e movimentos sociais convocam a sociedade civil para garantir o acesso e a defesa da educação

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Entidades estudantis e movimentos sociais convocam a sociedade civil para garantir o acesso e a defesa da educação Por Redação A partir desta segunda-feira, 20, acontece uma série de manifestações em defesa da educação pública brasileira. Nos estados, foram criados comandos de mobilização com objetivo de preparar as principais atividades. Até sexta-feira, 24, estão programadas passeatas, intervenções, atos públicos, ocupações e debates que vão tomar as ruas do país em diversas cidades. Convocada durante o 50º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e fortalecida pelo apoio da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e outras entidades ligadas à educação, a Jornada unificou uma pauta nacional de reivindicações. Passeata O principal momento dos protestos acontece nesta quarta, 22. Uma passeata unificada dos movimentos sociais em torno da pauta da educação será realizada simultaneamente na Rio de Janeiro, Brasília, Paraná, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul, Pará e Minas Gerais. Em São Paulo, a passeata está marcada para sexta-feira, 24, com concentração em frente à Universidade Paulista (Unip), campus Paraíso, na rua Vergueiro. De lá, os estudantes sairão em marcha até a praça da Sé, onde vão se incorporar ao ato do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), pela valorização da categoria e reajuste salarial. Ás 18h30, haverá outro protesto, em frente ao Centro Universitário Nove de Julho (Uninove), também na rua Vergueiro.  Confira a lista de ações pelo país. Leia abaixo a convocatória unificada das entidades. Jornada Nacional em defesa da educação pública De 20 a 24 de agosto 1. Pela erradicação do analfabetismo; 2. Queremos estudar: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis.Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso; 3. Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência; 4. Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB; 5. Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada; 6. Autonomia das universidades frente as ingerências de governos e mantenedoras; 7. Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento; 8. Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo; 9. Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino; 10. Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes; 11. Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve; 12. Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico; 13. Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais; 14. Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar – PLP 01; 15. Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes; 16. Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas; 17. Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora; 18. Pela imediata implantação da lei 10.639 /2003 em todos os níveis educacionais. Entidades que assinam este documento: MST, Via Campesina, UNE, UBES, Andes, Conlute, CMP, CMS, CONLUTAS, CONSULTA POPULAR, CONTRAPONTO, CPT, ABONG, CÍRCULO PALMARINO, DCE/PUC-PR, DCE/UFBA, DCE/UFPR, DCE/UFSE, DCE/UNIBRASIL, DCE/Unicam, DCE USP, Educafro, Denem, Enecos, ENEF, ENEFAR, Enen/ Nutrição, Exneto/ Terapia Ocupacional, , FEAB, FEMEH, GAVIÕES DA FIEL, INTERSINDICAL, JULI-RP, LEVANTE POPULAR, MAB, MAIS-PT, MARCHA MUNDIAL DE MULHERES, MCL, MMC, MMM, MOVIMENTO CORRENTEZA, MOVIMENTO MUDANÇA, MPA, MSU, PJR, REPED, ROMPER O DIA, UJC, UJR, UJS, UEE. UEE-SP, Juventude Libertária - Resistência Popular (JULI-RP), Participação & Luta - Resistência Popular, Organização Socialista Libertária (OSL), Fórum do Anarquismo Organizado (FAO), ENEFI - Executiva Nacional dos Estudantes de Fisioterapia.