Jornal Valor divulga falsa ida de procurador da República à casa de Lula e depois tira “notícia” do ar

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Homem que foi confundido com integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato conta à Fórum que foi levar sugestões ao ex-presidente para o resgate da economia Da Redação Um homem com um envelope que chegou ao prédio onde mora o ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo (SP), na tarde deste domingo (06/03), causou estardalhaço e equívocos na imprensa. O jornal econômico Valor, pertencente aos grupos proprietários da Folha de S.Paulo e do Globo, chegou a publicar uma reportagem em que afirmava que o visitante era na verdade o procurador regional da República Januário Paludo, um dos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo o relato da publicação, o homem falsamente tratado como Paludo teria chegado ao prédio com um envelope onde estava escrita a palavra “confidencial” e o endereço do ex-presidente Lula. O advogado Alexandre Gaeta, que foi identificado como sendo procurador, garante que o termo “confidencial” no envelope é só mais uma das trapalhadas da reportagem publicada pelo Valor. Por volta das 18 horas, o texto original já havia sido retirado do ar, mas ainda aparecia na indexação dos sites de busca. Não houve qualquer retratação ou correção da informação anteriormente divulgada, que teve a repercussão de sites conservadores, que fazem oposição sistemática a Lula. Ainda assustado com a repercussão de sua tentativa de visita ao ex-presidente, Gaeta garante que nem chegou a se encontrar com o presidente, a quem não conhece pessoalmente. Ele afirma que sua ida até lá não teve relação alguma com a Operação Lava Jato. “Não sei sequer o número do inquérito, não tenho informação nenhuma sobre o assunto nem me sinto à vontade para opinar sobre tal. Não sou nem contra nem a favor”, destacou. O profissional, de 49 anos, conta que esteve lá como cidadão e seu objetivo era propor mudanças na economia para a retomada do crescimento. “Fui levar reivindicações e sugestões, como baixar os impostos para aumentar a arrecadação e diminuir a cotação do dólar em relação ao real. São preocupações que levei para o bem do Brasil e da população”, destaca. Ele explica que foi a segunda vez que tentou conversar com o ex-presidente. Na primeira, no dia 15 de agosto do ano passado, ele foi ao Instituto Lula e também não foi atendido. “Foi o momento em que comecei a me preocupar com os rumos da economia e quis levar minhas preocupações a ele”, afirmou o advogado.