Jornalista é suspensa por tuíte no qual recorda denúncia de estupro contra Kobe Bryant

Apesar de não fazer nenhuma opinião pessoal sobre a matéria, a simples recordação do caso por parte da jornalista do Washington Post foi o suficiente para provocar a ira dos leitores do diário, a ponto de muitos organizarem uma campanha pela demissão da repórter

Foto: Divulgação
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Felicia Sonmez é uma jornalista estadunidense do Washington Post. No domingo (26), horas depois da morte trágica de Kobe Bryant, ela publicou um tuíte com um link de uma matéria que contava sobre o caso de estupro que supostamente envolveria o basquetebolista, ocorrido há mais de 15 anos, junto com uma mensagem que reproduzia o título da reportagem: “O impactante caso de estupro de Kobe Bryant: a evidência de DNA, a história da acusadora, e a meia-confissão”. Apesar de não fazer nenhuma opinião pessoal sobre a matéria, a simples recordação do caso por parte da jornalista foi o suficiente para provocar a ira dos leitores do diário, a ponto de muitos organizarem a campanha #FireFeliciaSonmez, para pedir que ela fosse despedida, acusando-a de ser “insensível” e “sem vergonha” – sem contar os tradicionais insultos machistas. E a pressão teve algum resultado: o jornal não mandou Sonmez embora, mas a suspendeu temporariamente. Mas a onda de críticas e insultos não parou após a suspensão da jornalista, que teve que apagar os tuítes – tanto o original quanto os que publicou depois explicando seus motivos para recordar aquela matéria – após algumas ameaças de morte que recebeu. [caption id="attachment_204761" align="alignnone" width="300"] O tuíte de Felicia Sonmez, que foi apagado após chuva de críticas e até ameaças de morte por parte dos leitores (Foto: reprodução)[/caption] O caso de estupro recordado por Sonmez aconteceu em 2003, quando Bryant tinha 24 anos e foi acusado de agredir sexualmente a jovem Katelyn Faber, empregada de um spa em Colorado, onde o jogador estava alojado, durante a recuperação de uma cirurgia no joelho. O atleta foi absolvido da acusação depois que a vítima se recusou a depor contra ele.