Juiz admite erro nos "R$ 256 milhões" em inventário de Marisa Letícia, divulgado por Eduardo Bolsonaro e Regina Duarte

O juiz Carlos Henrique André Lisbôa disse que confundiu investimento automático em CDBs com valor nominal de debêntures e confirmou saldo de R$ 26 mil. O magistrado, no entanto, não se desculpou pelo erro, que gerou uma série de fake news nas redes

Dona Marisa Letícia - Foto: Roberto Stuckert Filho
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O juiz Carlos Henrique André Lisbôa, da 1ª Vara da Família e das Sucessões de São Bernardo do Campo, admitiu que errou ao confundir investimento automático em CDBs com valor nominal de debêntures ao listar um saldo de R$ 256 milhões no inventário da ex-primeira-dama, Marisa Letícia.

O juiz reconheceu, em decisão nesta quinta-feira (7), que o valor dos CDBs eram de R$ 26 mil, conforme já divulgado pelos advogados de Marisa e do ex-presidente Lula. Lisbôa, no entanto, não se desculpou pelo erro, que motivou uma série de fake news nas redes, propagada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pela secretária nacional de Cultura, Regina Duarte.

"O inventariante se manifestou por meio da petição de fls. 573/576 e juntou o extrato de fls. 577/584. Restou demonstrado que o investimento que a falecida possuía no Banco Bradesco tem saldo líquido de R$26.282,74 (fls. 578) e que ele não é regulamentado pelos contratos acostados a fs. 394/427 e 428/468. A questão, portanto, está devidamente esclarecida", escreveu o juiz, que disse que os processos relacionados às fake news devem ser alvo de ações separadas na Justiça.

Os filhos de Marisa Letícia já entraram com processo contra Regina Duarte e Eduardo Bolsonaro.