Juiz que perguntou a vítima de estupro por que ela “não juntou os joelhos” deixa o cargo

Ele ainda se referiu à jovem diversas vezes como "a acusada" e disse que "dor e sexo às vezes vão juntos".

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Ele ainda se referiu à jovem diversas vezes como "a acusada" e disse que "dor e sexo às vezes vão juntos" Por Redação Robin Camp renunciou ao cargo nesta quinta-feira (10) após uma análise do Conselho Judicial do Canadá concluir que a atitude dele prejudicou seriamente a confiança da população no Judiciário. Em 2014, o magistrado perguntou a uma vítima de estupro "por que você não pôde simplesmente manter seus joelhos juntos?". Com a repercussão negativa do caso, ele pediu demissão e a ministra federal da Justiça, Jody Wilson-Raybould, aceitou sua renúncia. A fala infeliz foi feita quando Camp conduzia o julgamento de Scott Wagar, acusado de estuprar uma mulher de 19 anos sobre a pia de um banheiro durante uma festa na cidade de Calgary. Além de diversas vezes se referir à jovem como "a acusada", ele ainda questionou "por que você não abaixou o traseiro no bidê para ele não conseguir te penetrar?", e também disse "dor e sexo às vezes vão juntos". Camp absolveu Wagar, mas a decisão foi anulada em recurso. Wagar, contudo, foi absolvido em janeiro após um segundo julgamento. De acordo com o Conselho, as declarações do magistrado foram "tão profundamente destrutivas no que tange o conceito de imparcialidade, integridade e independência do papel judicial que a confiança pública tornou-se suficientemente minada a ponto de o juiz ser incapaz de executar o trabalho judicial". Com informações do jornal O Globo Foto: Reprodução / Corte Federal do Canadá