Justiça decreta prisão de major envolvido no caso Amarildo

Outros três policias envolvidos no desaparecimento e morte do ajudante de obra também tiveram prisão decretada; os quatro vão responder por corrupção de testemunhas

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Outros três policias envolvidos no desaparecimento e morte do ajudante de obra também tiveram prisão decretada; os quatro vão responder por corrupção de testemunhas Por Redação | Foto: Divulgação O major Edson Santo e o tenente Luiz Felipe de Medeiros, ex-comandante e ex-subcomandante da UPP da Rocinha, respectivamente, e os soldados Newland de Oliveira e Silva Júnior e Bruno Medeiros Athanasio tiveram a prisão decretada, nesta terça-feira (16), pelo juízo da Auditoria Militar. Todos estão envolvidos na morte do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, desaparecido desde julho de 2013. Os réus do caso estão presos desde o último mês de julho, quando a juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros aceitou a denúncia do Ministério Público por corrupção ativa de testemunhas e tentativa de atrapalhar as investigações da Divisão de Homicídios (DH). Segundo a denúncia, os PMs pagaram R$ 850 e R$ 500 a duas testemunhas para que acusassem o traficante Thiago da Silva Neris, o Catatau, pela morte de Amarildo. Novo laudo pericial, realizado pelo Centro de Criminalística da PM, concluiu que a voz que seria de Catatau, no depoimento e onde assumia a autoria do crime, era, na verdade, do soldado Marlon Campos Reis, que é um dos réus. A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime (Gaeco), disse que uma testemunha identificada como Lúcia Helena está desaparecida desde agosto do ano passado, mesma época em que sua filha foi à DH registrar o ocorrido. De acordo com a promotora, Helena confessou que tinha mentido em seu depoimento à Justiça a pedido do major Edson. O depoimento dos quatro policiais acusados está marcado para 8 de janeiro.