Justiça do Rio manda Flordelis usar tornozeleira eletrônica e ficar em casa à noite

Ministério Público argumentou que paira “incerteza” do paradeiro dela, pois é difícil encontrar a deputada até para intimá-la

A deputada Flordelis (Foto Reprodução/Facebook)
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A Justiça do Rio determinou, nesta sexta-feira (18), que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) deve ser monitorada por tornozeleira eletrônica. A parlamentar, que também é pastora evangélica, é acusada de ter mandado matar seu marido, o pastor Anderson do Carmo. Ela nega a acusação. 

O casal tinha 55 filhos, entre naturais e afetivos. Na denúncia à Justiça, o MP alega que o assassinato foi cometido por um deles, a mando da pastora, que nega.

O Ministério Público alegou que a Justiça tem tido dificuldade de localizar Flordelis para intimá-la nos autos do processo. Além disso, lembrou que a Câmara também teve problema para encontrar a deputada e entregar o documento que informa abertura de processo no Conselho de Ética contra ela. 

O MP ainda lembrou que uma das testemunhas de acusação sofreu um atentado com bomba em sua casa depois que Flordelis foi denunciada pela Justiça. A promotoria já tinha pedido as medidas restritivas quando fez a acusação, mas a Justiça tinha negado. 

Diante desses argumentos, o juiz Nearis dos Santos Carvalho Arce concordou com a tese de que há um "quadro de incerteza acerca do paradeiro da ré Flordelis" e determinou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica. Também decidiu que ela seja submetida a recolhimento domiciliar noturno -à exceção dos atos relacionados a sua atividade como deputada.

Arce argumentou que a decisão visa "reforçar e impedir que as medidas cautelares anteriormente impostas se tornem ineficazes”. Em outras palavras, a medida quer evitar que a deputada não seja mais encontrada, caso queira fugir.