Justiça proíbe concessão do Maracanã a grupo de Eike Batista

A IMX, empresa que integra o consórcio liderado pela Odebrecht, teria sido beneficiada por ter elaborado o estudo de viabilidade do novo complexo esportivo

Eike Batista. Foto: Fábio Pozzebom/ABr
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A IMX, empresa que integra o consórcio liderado pela Odebrecht, teria sido beneficiada por ter elaborado o estudo de viabilidade do novo complexo esportivo

Da Redação

[caption id="attachment_23886" align="alignleft" width="300"] IMX, de Eike Batista, é acusada pelo MP de ter sido beneficiada na licitação (Foto: Fábio Pozzebom/ABr)[/caption]

Nesta sexta-feira, 10, a Justiça do Rio de Janeiro proibiu que o contrato de concessão do Maracanã a iniciativa privada seja celebrado. Gisele Guida de Faria, juíza da 9ª Vara de Fazenda Pública, determinou que a privatização do estádio só pode ser concluída após o julgamento de uma ação, impetrada pelo Ministério Público, que pede o cancelamento da licitação.

O processo de concessão do Maracanã foi finalizado na última quinta-feira, 9, e a vitória do consórcio encabeçado pela empreiteira Odebrecht. O consórcio conta também com as empresas IMX, do empresário Eike Batista, e a americana AEG. A expectativa repassar o estádio para o consórcio vitorioso ainda este mês. O governo do Rio de Janeiro informou que irá recorrer da decisão judicial.

Na ação em que pediu a suspensão da concessão, o Ministério Público alega que a empresa IMX foi favorecida na concorrência. A empresa, que é parte do grupo EBX, de Eike Batista, foi a responsável pelo estudo de viabilidade do projeto do novo complexo do Maracanã.

Além da ação do Ministério Público, o governo estadual terá que vencer na Justiça os antigos administradores dos camarotes do Maracanã. As empresas Golden Goal e Excel 3000 conseguiram uma liminar que impediu que o setor dos camarotes entrasse na licitação.  A alegação é que na licitação não existem garantias de que poderão seguir administrando os camarotes após celebrada a concessão.

Para vencer a licitação, o consórcio Maracanã S.A. ofereceu o pagamento de R$ 181,5 milhões, em 33 parcelas de R$ 5,5 milhões anuais. Além disso, o concessionário do Maracanã terá que investir cerca de R$594 milhões em obras no complexo esportivo. O governo estadual calcula o consórcio poderá ter o retorno do investimento em até 12 anos.

Com informações do portal Terra.