Lava Jato deflagra 67ª etapa com investigação de cartel que pagava propina na Petrobras

PF cumpre 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná nesta quarta-feira (23). Um dos alvos é a empresa Techint, acusada de pagar R$ 60 milhões - 2% do valor de cada contrato - em propina a diretores da Petrobras

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Em sua 67ª fase, a operação Lava Jato cumpre 23 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná nesta quarta-feira (23). Um dos alvos é a empresa Techint, acusada de pagar R$ 60 milhões - 2% do valor de cada contrato - em propina a diretores da Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) informou que são investigados, por corrupção, ex-funcionários da Petrobras que se beneficiaram com a propina. Já os intermediários da Techint e de duas empresas de consultoria são investigados por lavagem de dinheiro. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 1,7 bilhão dos investigados. A nova etapa, chamada de Tango & Cash, mira um cartel, chamado de "O Grupo", que chegou a ser formado por 16 empresas que pagariam propinas em troca de contratos na estatal. O MPF citou dois ex-funcionários da Petrobras que receberam o pagamento de propina: Renato Duque (ex-diretor da área de Serviços) e Jorge Luiz Zelada (ex-diretor da área internacional). As provas que levaram à deflagração da 67ª fase da Lava Jato foram obtidas a partir de depoimentos de colaboradores, do pedido de assistência jurídica da Itália e da transferência de investigação originária na Suíça, que se somou ao que foi apurado no Brasil.