"Lava Jato só se mantém para cumprir missão de algoz de Lula", diz Damous sobre propina a Januário Paludo

Em conversa interceptada pela PF, doleiro diz que pagou propina para o procurador Januário Paludo para garantir uma blindagem nas investigações da Lava Jato. "É tão corrupta quanto muitos que prendeu", diz jurista sobre força-tarefa

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
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O advogado Wadih Damous, ex-deputado federal e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), afirmou neste sábado (30), após a revelação de que o doleiro Dario Messer teria pago propina mensal ao procurador Januário Paludo para ser blindado nas investigações, que a Lava Jato tem um único objetivo: "cumprir a missão de algoz de Lula". "Paludo é o que se pode chamar de um bate pau da Lava Jato.Apontado como recebedor de propina de doleiro.Depois dessa revelação e das do Intercept fica mais claro que a Lava Jato só se mantém de pé para cumprir a missão de algoz de Lula. É tão corrupta quanto muitos que prendeu", comentou o jurista, que já atuou na defesa do ex-presidente. Em conversa interceptada pela Polícia Federal, Messer confirma a denúncia do ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, e diz que pagou propina para o procurador Januário Paludo para garantir uma blindagem nas investigações da Lava Jato. Em diálogos com a namorada, Myra Athayde, em agosto de 2018, o "doleiro dos doleiros" descreve um esquema de pagamento mensal de propina ao procurador, que dá nome ao grupo de Telegram - Filhos de Januário - da força-tarefa, como revelado pela série de reportagens da Vaza Jato. Segundo reportagem de Vinicius Konchinski, no Portal Uol, as conversas foram obtidas pela PF no Rio de Janeiro, nas investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio. Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro e enviado à Procuradoria-Geral da República. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.