Legalização da maconha vai a referendo na Califórnia

Aproximadamente 700 mil pessoas assinaram a proposta para legalizar o uso de cannabis para maiores de idade. Os eleitores decidirão no dia 2 de novembro, quando escolherem também o próximo governador

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Aproximadamente 700 mil pessoas assinaram a proposta para legalizar o uso de cannabis para maiores de idade. Os eleitores decidirão no dia 2 de novembro, quando escolherem também o próximo governador

Por Redação

Em 1996, a Califónia tornou-se o primeiro estado a legalizar o uso médico da cannabis, um exemplo que viria a ser seguido por outros 13 estados. Agora, as sondagens indicam que a maioria da população defende a legalização do uso recreativo da cannabis.

A proposta "Regulate, Control, and Tax Cannabis" irá a votos no dia em que os californianos elegem o governador do Estado, mas nenhum dos candidatos mais fortes se dispôs apoiá-la. Se for aprovada, as pessoas com mais de 21 poderão ter em sua posse até 28 gramas de canábis e são autorizados a plantar uma área até 2,3 metros quadrados. Continuará a ser proibido fumar canábis na presença de menores e também junto a zonas escolares.

O lobby pró-legalização Marijuana Policy Project diz que a redução de gastos com saúde pública pode atingir os 200 milhões de dólares anuais aos cofres do estado. E as autoridades fiscais da Califórnia calculam uma receita de 1,4 mil milhões de dólares, caso seja cobrado imposto sobre o consumo à semelhança do que acontece com as bebidas alcoólicas.

Stephen Gutwillig, da ONG Drug Policy Alliance, lembrou que "a marijuana tornou-se uma droga recreativa corrente, perdendo em popularidade apenas para os cigarros e o álcool, mas objetivamente menos danosa que qualquer um deles". "Os norte-americanos estão cada vez mais voltando-se contra uma proibição que falha em proteger os jovens e garante um monopólio de lucros aos cartéis do crime violento nos dois lados da fronteira", acrescenta Gutwillig, recordando que só nos últimos três anos, desde que o presidente Calderon declarou guerra aos cartéis do narcotráfico, morreram mais de 15 mil pessoas no México em tiroteios e massacres.

Por Esquerda. net.