Línguas indígenas Macuxi e Wapixana se tornam co-oficiais em município de Roraima

Bonfim (RR) apresenta 40% de indígenas, de um total de 11 mil habitantes, e é a terceira cidade do país a tornar línguas indígenas co-oficiais, depois de São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tacuru (MS).

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Bonfim (RR) apresenta 40% de indígenas, de um total de 11 mil habitantes, e é a terceira cidade do país a tornar línguas indígenas co-oficiais, depois de São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tacuru (MS) Por Redação* A população do município de Bonfim, em Roraima, terá outras duas línguas reconhecidas, além do português. No fim do ano passado, foi aprovada uma lei que torna a Macuxi e a Wapixana línguas co-oficiais da cidade. O Instituto Insikiran, vinculado à Universidade Federal de Roraima, fez a mediação com a Câmara dos Vereadores e vinha discutindo o tema com a comunidade nos últimos anos. Na prática, a lei define que a prefeitura tem até cinco anos para contratar tradutores e intérpretes indígenas e deve, ainda, traduzir placas de sinalização, oferecer atendimento à população nas duas línguas, traduzir leis municipais e financiar a publicação de livros em Macuxi e Wapixana para serem utilizados em escolas públicas. Bonfim apresenta 40% de indígenas, de um total de 11 mil habitantes. Esse é o terceiro município do país a tornar línguas indígenas co-oficiais, depois de São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tacuru (MS). De acordo com o Museu do Índio, o Brasil corre o risco de perder um terço de suas línguas indígenas até 2030, período em que devem ser extintos de 45 a 60 idiomas, o que demonstra a importância de iniciativas como essa. *Com informações da EBC Foto de capa: ICMBio