Livres e iguais: vídeo da ONU destaca diversidade LGBT e luta contra a homofobia

O vídeo de dois minutos, transmitido nas telas da Reuters e do Nasdaq, no coração de Manhattan, fala sobre as contribuições que esta comunidade dá para as famílias e grupos locais em âmbito mundial. Confira

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O vídeo de dois minutos, transmitido nas telas da Reuters e do Nasdaq, no coração de Manhattan, fala sobre as contribuições que esta comunidade dá para as famílias e grupos locais em âmbito mundial. Confira Por Adital Um novo vídeo da campanha da ONU "Livres e Iguais”, que destaca a diversidade da comunidade lésbica, gay, bissexual, transexual e travesti (LGBT) ocupa os telões do Time Square, em Nova York, desde a última quinta-feira, 14 de maio. A transmissão é parte das comemorações do Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, celebrado no último domingo, 17, em todo o mundo. Este ano, a data focou na situação enfrentada pelos jovens na comunidade LGBT. O vídeo de dois minutos, transmitido nas telas da Reuters e do Nasdaq, no coração de Manhattan, fala sobre as contribuições que esta comunidade dá para as famílias e grupos locais em âmbito mundial. O vídeo apresenta pessoas filmadas em seus locais de trabalho e residências, entre as quais uma bombeira, um policial, uma cineasta, uma designer, uma assistente social, uma professora, um eletricista, um médico e dois pais homoafetivos. O secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas], Ban Ki-moon, também faz uma aparição na cena final do vídeo, ajudando a destacar o pedido da ONU de mais esforços conjuntos por uma maior aceitação e igualdade para as pessoas LGBT. A cantora Sara Bareilles apoia o projeto através da sua canção icônica "Brave”, utilizada como a trilha sonora do vídeo. Fim dos preconceitos "Lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais agora estão atingindo novas fronteiras e celebrando conquistas notáveis. Apesar desta transformação, os atos de discriminação e violência continuam contra a comunidade LGBT”, afirma o diretor executivo do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé. Já a diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, aponta para evidências que mostram que os jovens LGBT são, esmagadoramente, expostos à vergonha, discriminação e violência, com trágicas consequências, incluindo traumas ao longo da vida e automutilação. Irina destaca o encontro entre os ministros da Educação na Unesco, em Paris, previsto para ser realizado no Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, em 2016, onde será lançado o primeiro relatório sobre a situação das respostas do setor da educação para a violência homofóbica e contra transexuais. A chefe da Unesco afirma ainda que o encontro fornecerá uma avaliação do real alcance e consequências do fenômeno em todas as regiões. Um grupo da ONU de especialistas em direitos humanos também pede aos Estados ação para superarem preconceitos e estereótipos por meio de iniciativas de combate à discriminação nas escolas e campanhas de educação pública. Os Estados-membros, assinala o grupo, devem abordar a discriminação interseccional e a violência contra a juventude LGBT, com base na raça e etnia. Já o alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, peda a todos os governos e sociedades que promovam os valores da tolerância e do respeito pela diversidade, além de construir um mundo onde ninguém deve ter medo de sua orientação sexual e identidade de gênero. "Mais de 40 países em todo o mundo agora reconhecem, tal como o meu escritório, que a perseguição contra pessoas LGBT pode constituir um motivo válido de asilo, nos termos da Convenção de Refugiados, de 1951. A minha esperança é que mais e mais Estados-membros adotem esta abordagem no futuro”, observa Guterres. "As pessoas que fogem da discriminação e da violência homofóbica e transfóbica, muitas vezes, experimentam perseguição múltipla, em casa e nos países de asilo, incluindo suas próprias famílias e comunidades. Eu apelo aos Estados e sociedades para que proporcionem a essas pessoas uma melhor proteção, além de eliminarem todas as formas de violência e discriminação”, acrescenta o chefe do Acnur. Assista ao vídeo da campanha: Legendado em português: Foto: Malia Hurwitz

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