Luiz Henrique, o manifestante que invadiu o link da GloboNews, fala à Fórum

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"Foi um protesto espontâneo contra a seletividade da mídia. A Globo jamais falaria sobre o triplex investigado em Paraty", disse o acadêmico de marketing, que se recusou a falar sobre o assunto com outros portais Por Ivan Longo Uma imagem ganhou as redes sociais na tarde desta sexta-feira (4) em meio à exaustiva cobertura da imprensa da nova fase da operação Lava Jato, que aplicou a condução coercitiva para que o ex-presidente Lula prestasse depoimento à Polícia Federal. Em um dos boletins ao vivo do canal a cabo GloboNews sobre o assunto, um homem aparece no vídeo segurando uma placa com os dizeres: "Mansão Marinho em Paraty". Só a placa já causou constrangimento na repórter da emissora dos Marinhos, que ainda foi surpreendida com um sussurro do jovem que ecoou em rede nacional: "Globo golpista". Logo a imagem virou meme. Nas redes sociais, milhares de internautas compartilharam o protesto bem humorado como uma forma de fazer um contraponto à seletividade da cobertura da imprensa em relação aos últimos acontecimentos políticos. É o que explicou com exclusividade à Fórum o acadêmico em Marketing Luiz Henrique, autor do protesto. "Foi um protesto espontâneo contra a seletividade da mídia. O que aconteceu com o presidente Lula foi um ato covarde. Um ataque a principal liderança política e social do país como forma de promover um espetáculo de circo, para dar ibope e denegrir a imagem do ex-presidente, na tentativa de evitar o seu retorno em 2018. A Globo jamais falaria sobre o triplex investigado em Paraty", disse o manifestante, se referindo ao imóvel, supostamente ilegal, associado à família Marinho e que teria sido registrado em nome de empresas que mantinham esquemas suspeitos com a emissora carioca. De acordo com Luiz, a repórter e sua equipe, ao se depararem com o protesto, mal tiveram reação. Para o manifestante, a emissora "escancarade de forma parcial e dramática tudo o que diz respeito ao PT e seus líderes". "Eles que defenderam a ditadura militar, não devem concordar com o estado democrático e de direito, muito menos com a ascensão do nosso país graças a política economica e social implantada pelos governos do PT, que tirou o país do mapa da fome, e deu oportunidade para os que mais precisam. É evidente que estamos enfrentando uma crise, como o resto do mundo, mas precisamos ser otimistas e acreditar na presidente Dilma e acreditar no Brasil. Não é disseminando ódio e intolerância que chegaremos a um consenso", analisou. Leia também: Mansão em Paraty, agropecuária, endereço compartilhado: está tudo em família (Marinho)