Lula: Protesto contra médicos estrangeiros é abominável

Durante a comemoração dos 30 anos da CUT, o ex-presidente defendeu o programa Mais Médicos e a necessidade de se fazer a reforma política

(Foto: Dino Santos / CUT)
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Durante a comemoração dos 30 anos da CUT, o ex-presidente defendeu o programa Mais Médicos e a necessidade de se fazer a reforma política

Da Redação

[caption id="attachment_29904" align="alignleft" width="300"] Lula criticou os protestos contra médicos estrangeiros do Programa Mais Médicos (Foto: Dino Santos / CUT)[/caption]

Durante a comemoração dos 30 anos da CUT (Central Única dos Trabalhadores), realizada nesta quarta-feira (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como uma atitude “abominável” os protestos contra médicos estrangeiros contratados pelo programa Mais Médicos.  “Acho abominável um grupo de pessoas fazer protesto contra profissionais de outros países que fizeram um favor para nós de vir ao Brasil cobrir os lugares que os médicos brasileiros não querem ir”, disse o ex-presidente.

Segundo Lula, os médicos cubanos que foram alvo de vaias e insultos quando desembarcaram em Fortaleza “tiveram a grandeza da atitude humanitária” de escolherem trabalhar nas comunidades mais isoladas do Brasil. “Ninguém está reivindicando vir pra avenida Paulista ou Copacabana. Não é isso. A gente está contratando esses médicos para que eles venham trabalhar, para ir para os lugares que os médicos não querem ir”, destacou.

O ex-presidente ainda elogiou a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por criarem o programa Mais Médicos. “Sou solidário a Dilma e ao Padilha pela coragem de trazer os médicos ao País”, disse.

Reforma Política

Durante o seu discurso, que fechou o evento de comemoração dos 30 anos da CUT, Lula aproveitou para defender outra bandeira do governo da presidenta Dilma Rousseff, a reforma política. “Não tem hipótese de mudar o quadro político desse país se não tivermos uma reforma política. Enquanto não tiver financiamento público de campanha, essa situação que temos na política não vai mudar (…) No preço que está uma campanha, um trabalhador nunca mais será eleito deputado. A política está ficando para rico”, declarou.