Machismo de Bolsonaro e Trump prejudica combate ao coronavírus, diz professor de Yale

Em artigo no jornal britânico The Guardian, especialista aponta para necessidade de líderes com habilidades emocionais diferentes

Bolsonaro e Donald Trump (Foto: Alan Santos/PR)
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Robin Dembroff, professor assistente do departamento de filosofia da renomada Universidade de Yale (EUA), afirmou nesta segunda-feira (13) que a masculinidade tóxica de Donald Trump e Jair Bolsonaro é uma "ameaça mortal" para o combate ao novo coronavirus.

Em artigo de opinião publicado no jornal britânico The Guardian, Dembroff argumenta, amparado em estudos do tema, que as formas tóxicas de masculinidade apresentadas pelos dois presidentes fazem com que eles vejam homens doentes como “afeminados e fracos”.

“Trump e Bolsonaro são exemplos claros de homens que se apegam a formas tóxicas de masculinidade. Eles atacam qualquer coisa que ameace seus domínios e confiam na misoginia e na violência para reforçar seus egos”, diz Dembroff.

Com o título “Neste momento de crise, líderes machistas são uma fraqueza, não uma força”, o artigo está disponível na versão online do jornal, em inglês. “Trump e Bolsonaro têm sido um risco diante do coronavírus. Precisamos de líderes com habilidades emocionais diferentes”, avalia o especialista da renomada universidade.

Dembroff cita declarações de Bolsonaro do ultimo mês de março, quando o presidente classificou o coronavírus de “gripezinha” e disse que a saída era “enfrentar como homem”. A pandemia matou mais de 118 mil pessoas em todo o mundo e há mais de 1,9 milhão de infectados, até esta segunda (13).