Maduro: "A tentativa final de ataque de Washington contra a Venezuela falhou"

Presidente venezuelano relembrou as tentativas frustradas de golpe encampadas no último ano pelos EUA e pela oposição em seu país

Nicolás Maduro (Foto: Divulgação)
Escrito en GLOBAL el
Nesta terça-feira (14), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou em sua Mensagem Anual que "a tentativa do ataque final de Washington à Venezuela falhou". O presidente, durante o discurso feito na Assembléia Nacional Constituinte (ANC), disse que no ano passado "o império estreitou o cerco contra nossa pátria". "Eles nos machucaram em 2019", disse ele, referindo-se à intensificação das medidas punitivas dos EUA contra a Venezuela. Maduro, que transmite sua mensagem anual pela sétima vez desde que assumiu a presidência, disse que na Casa Branca eles tentaram "nos amarrar financeiramente". Da mesma forma, ele agradeceu aos venezuelanos por sua resistência no meio da crise econômica que atingiu o país. Leia também Juan Guaidó perde a presidência da Assembleia Nacional da Venezuela "Havia um fator que não entrou nos cálculos: o fator pessoal, que já possui 20 anos de revolução cumulativa, que parece depositário do legado de Hugo Chávez", pontuou. O presidente venezuelano lembrou ainda que em 23 de fevereiro foi feita uma tentativa fracassada de entrar na fronteira uma "ajuda humanitária" da Colômbia com a Venezuela. "Naquele dia, a agressão foi disfarçada de caminhão de ajuda humanitária", afirmou Maduro. Colômbia e Brasil O presidente venezuelano declarou também que os ataques frustrados feitos por autoridades do país sul-americano "são planejados pelos EUA e pela Colômbia". Ele disse que tanto o Comando de Apoio à Inteligência Militar (Caimi) quanto o Comando de Apoio à Contrainteligência Militar (Cacim) estão liderando a conspiração contra o governo da Venezuela. Esses dois comandos foram vinculados por uma investigação da Revista Semana à escuta ilegal de conversas de jornalistas, políticos, magistrados e comandantes das Forças Armadas da Colômbia. Da mesma forma, ele culpou Jair Bolsonaro por ter apoiado as ações de um grupo de militares de reserva ativos, desertores, ex-policiais que estão fora da Venezuela e civis. Em 21 de dezembro, essas pessoas participaram de um ataque armado ao Batalhão de Infantaria de Selva 513 Mariano Montilla, em Luepa, município de Gran Sabana, e fizeram uma tentativa frustrada de tomar o Esquadrão de Cavalaria Motorizada do Exército 5102, em Santa Elena de Uairén, na fronteira com o Brasil.