Máfia das merendas: Capez (PSDB) ficava com propina, afirma delator

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Marcel Ferreira Julio, lobista que participou do esquema de desvio de recursos das merendas das escolas paulistas, afirmou em delação premiada que fez pagamentos de propina diretamente aos assessores do presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB); tucano nega Por Redação Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e um dos caciques da legenda no estado, teria recebido propina da chamada "máfia das merendas", esquema de desvios de recursos da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), responsável por fornecer a alimentação de crianças em escolas paulistas. Quem acusa o tucano de envolvimento direto no esquema de corrupção é o lobista Marcel Ferreira Julio, já condenado pela participação nos desvios pela Operação Alba Branca, da Polícia Civil. Ouvindo em delação premiada do Ministério Público, homologada na última terça-feira (5), Julio disse que ele mesmo fez pagamentos de propina diretamente a ex-assessores de Capez e até mesmo ao atual auxiliar do tucano, Luiz Carlos Gutierrez, o Licá. O depoimento de Marcel era, até então, um dos mais esperados pelos investigadores por entenderem que o lobista funcionava como o elo entre a cooperativa e os políticos. Em nota, Capez negou as acusações, afirmando que foi inserido um cunho "político eleioral" na operação Alba Branca, e teceu elogios à investigação paralela da Corregedoria-Geral da Administração, ligada ao governo do estado, que teria demonstrado que "não houve fraudes nos contratos". Leia também Fraude na merenda: Polícia prende ex-presidente da Alesp