Paraná Pesquisas: Maioria crê que Bolsonaro sabia de corrupção e quer seu afastamento

Levantamento mostra que maior parte dos brasileiros acredita que o presidente tinha conhecimento dos casos de compra ilegal e superfaturada de vacinas e que isso é motivo suficiente para sua saída do poder

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
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Um levantamento realizado pela Paraná Pesquisas revelou que 55,8% dos brasileiros acreditam que o presidente Jair Bolsonaro sabia dos casos de corrupção ocorridos no Ministério da Saúde por meio da tentativa de compra ilegal de vacinas superfaturadas. Em contrapartida, os entrevistados que creem que o chefe do Executivo não tinha conhecimento sobre os crimes foram 28,8%. Não sabem ou não quiseram opinar representam 15.4% do total de participantes.

Os dados também mostram que 47,8% dos ouvidos pelo instituto acreditam que o fato de saber dos esquemas ilegais é motivo suficiente para que Jair Bolsonaro seja afastado do cargo de presidente da República. Os que discordam do afastamento por essa razão são 45,2% dos que foram ouvidos, enquanto 7% não sabem ou não quiseram opinar.

Segundo dados de outros institutos, como o Datafolha, o presidente enfrenta o pior momento de sua popularidade desde o início do mandato, em janeiro de 2019. A queda em seus índices de aprovação ocorre justamente no momento em que uma série de escândalos de corrupção de sua gestão vêm à tona, como por exemplo a tentativa de compra ilegal e superfatura das vacinas Covaxin, indiana, e CoronaVac, de origem chinesa, que já havia sido preterida pelo Ministério da Saúde, que não queria adquiri-la diretamente do Instituto Butantan, seu representante oficial no Brasil.

Vale lembrar que um procedimento de superfaturamento parecido ocorria num contrato firmado com o laboratório União Química, que pretendia vender o imunizante russo Sputnik-V ao governo federal por valores acima dos praticados pelo fabricante em transações diretas.

Jair Bolsonaro viu ainda uma ex-cunhada divulgar para a imprensa áudios que o apontam como o chefe de um esquema criminoso de desvio de salários de servidores públicos dos gabinetes da família, a chamada rachadinha.