Mais uma vez, alunos denunciam pichações racistas na Unicamp

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Desta vez, símbolos da Ku Klux Klan e mensagens de "White Power" foram espalhados pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas; universidade já tem histórico de manifestações machistas, transfóbicas, racistas e anti-esquerdistas Por Redação Pichações de cunho racista apareceram esta semana no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de Campinas (Unicamp), no interior da capital paulista. Quem fez a denúncia foram os próprios alunos, que nas redes sociais postaram fotos com as inscrições contendo símbolos da antiga organização racista norte-americana Ku Klux Klan e mensagens de "White Power". O caso chegou até o presidente da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Câmara Municipal de Campinas, o vereador Carlão do PT. Ele informou que irá à instituição nesta quinta-feira (10) para verificar as pichações com o objetivo de registrar o conteúdo ofensivo para avaliar possíveis ações na Câmara. Procurada pela reportagem da Fórum, a Unicamp, até o momento, não se manifestou sobre o ocorrido. Histórico A instituição já conta com um histórico considerável de manifestações de cunho preconceituoso, transfóbico, machista e até mesmo anti-esquerdista. Em dezembro de 2014, por exemplo, banheiros da Unicamp foram pichados com a frase "Apenas para portadoras de vagina original de fábrica" e "Ser mulher não é usar os nossos sapatos", em uma evidente atitude transfóbica. Já em setembro do ano passado, um professor da instituição, tido como "esquerdista", foi hostilizado e chegou a sofrer ameaças. Na mesma semana, uma nova pichação apareceu em um dos prédios da universidade: "Morte aos comunistas da Unicamp". Foto: Reprodução/Twitter