Manifestação de apoio aos guarani-kaiowá chega a Berlim

Ato pelos indígenas brasileiros aconteceu em frente ao simbólico Portão de Brandemburgo, no mesmo dia em que os alemães relembraram os 23 anos da queda do Muro de Berlim

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Ato pelos indígenas brasileiros aconteceu em frente ao simbólico Portão de Brandemburgo, no mesmo dia em que os alemães relembraram os 23 anos da queda do Muro de Berlim Por Tainã Mansani, fotos Isaumir Nascimento, de Berlim  O dia nacional de luta em favor dos índios Guarani-Kaiowá, celebrado neste 9 de novembro, ultrapassou fronteiras e chegou à Alemanha. As manifestações ocorridas em mais de 50 cidades brasileiras repercutiram também na capital alemã, num dos dias mais importantes para a história deste país: o dia em que o Muro de Berlim caiu. O ato pela causa indígena teve como emblema a frase “Wir sind alle Guarani-Kaiowá” – Nós somos todos Guarani-Kaiowá. Divulgado por diferentes associações, e antecedido pela intensa mobilização na internet, o ato contou com a presença da brasileiros, alemães e mesmo de pessoas que passavam pelo local. O estudante alemão Michael Riemer, informado pelo site da associação internacional de luta pelos direitos humanos AVAAZ, sensibilizou-se com a situação dos indígenas e decidiu comparecer ao local para demonstrar apoio. A liderança Uilton Tuxá, membro da etnia de mesmo nome, esteve presente e afirmou que a projeção internacional assumida pelo caso dos guarani-kaiowá ajuda a mostrar a marginalização e o extermínio sofridos não apenas por esse grupo, mas pelas mais de 250 etnias indígenas em território brasileiro. Gianni del Rossi, turista italiano que passava pelo local do ato, demonstrou perplexidade “A riqueza e o desenvolvimento recentes do Brasil são predominantes no noticiário internacional. Infelizmente, os povos indígenas não importam nada para a mídia. O poder financeiro prevalece”. Após tirar fotos da manifestação, del Rossi revelou que as divulgaria aos seus contatos pelo Facebook.
O ato de apoio em Berlim foi precedido pelo ação virtual “facebookcídio”. Segundo seus idealizadores, os brasileiros Ísis Fernandes e Pedro Costa, a desativação temporária das contas do Facebook como “suicídio coletivo simbólico” dos usuários, poderia chamar a atenção da mídia, que até então, segundo aos mesmos, não dera relevância para o caso. Com a intensa mobilização pelas redes sociais, até cantora alemã Nina Hagen deixou sua mensagem de apoio.