Manifestação de caminhoneiros chega ao terceiro dia seguido

Em São Paulo, protesto acontece na Rodovia Régis Bittencourt

Caminhoneiros fazem paralisação na BR 101, Niterói-Manilha, na altura de Itaboraí, no Rio de Janeiro, nesta segunda (21) (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
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O protesto dos caminhoneiros entrou pelo terceiro dia seguido em vários estados do Brasil. A categoria sofre com aumentos sucessivos do óleo diesel. Na última sexta-feira, a Petrobras anunciou um reajuste de 0,8%. A alta acumulada em 2018 chegou a 8%. Em São Paulo, houve protesto na Rodovia Régis Bittencourt na altura do km 280 (Embu das Artes). Os motoristas colocaram fogo nos pneus, provocando grande congestionamento. Os protestos também provocaram congestionamentos em Miracatu, no km 385. As faixas 1 e 2 foram bloqueadas pelos caminhoneiros, com 3 km de congestionamento no sentido Curitiba. Em Jacupiranga, no km 477, os dois sentidos foram interditados e o engarrafamento na rodovia se estendeu por 7 km. No Rio Grande do Sul, um caminhão foi alvejado por três tiros na noite desta terça-feira (22). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista não parou no bloqueio montado pelos manifestantes na BR-472, em Itaqui, na Fronteira Oeste. Rio enfrenta desabastecimento de alimentos No Rio de Janeiro, cerca de dez motoristas de caminhões-reboque interditaram uma das faixas da Avenida Brasil, a mais importante da Região Metropolitana. No interior do estado, há protestos na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Barra Mansa. O Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus) anunciou que a partir desta quarta-feira iniciará um esquema de “racionalização” da circulação de ônibus na cidade, um eufemismo para a retirada de veículos das ruas. Segundo a Rio Ônibus, a medida foi adotada em razão da escassez do diesel. O sindicato ameaça com a paralisação total do transporte público caso uma solução não seja encontrada nos próximos dias. A capital fluminense enfrenta outras consequências do bloqueio de estradas. Na Ceasa, principal central de abastecimento de alimentos do Rio, já há falta de produtos, provocando a alta dos preços. O saco de batata que era vendido a R$60, chega a ser comercializado por R$400.