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A violência policial e militar no Chile aumenta a cada dia e faz lembrar as ações de repressão da época da ditadura do general Augusto Pinochet. Como toda ação provoca uma reação, no início da tarde desta sexta-feira (25), manifestantes tentaram ocupar o Congresso Nacional.
No entanto, foram detidos por carabineros, a polícia chilena, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para reprimir o protesto. O edifício teve que ser esvaziado e as atividades legislativas foram suspensas.
O Chile entrou no oitavo dia de protestos. Já foram contabilizadas 19 mortes, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo.
A ex-presidenta Michelle Bachelet, atualmente alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, declarou que enviará, na segunda-feira (28), uma missão de verificação para acompanhar os conflitos e verificar denúncias de violações dos direitos humanos por parte do governo de Sebastián Piñera.
Não é somente na capital Santiago, local onde os protestos foram iniciados, que a repressão atinge níveis assustadores. Em Valparaíso, terceira cidade mais populosa do Chile, foram observadas cenas de horror e violência policial contra a população chilena.
Origem
Os protestos tiveram início após o anúncio do aumento das passagens do metrô. A pressão popular foi suficiente para Piñera voltar atrás e suspender o reajuste. No entanto, as manifestações prosseguiram.
A população denuncia o alto custo de vida, baixos salários, perverso sistema de aposentadoria, semelhante ao que entrará em vigor no Brasil, problemas na saúde e na educação, que não são acessíveis à população toda.
Assista ao vídeo:
Valparaíso #Chile. El HORROR. pic.twitter.com/uwq1XSxGSq
— Patricia Villegas Marin (@pvillegas_tlSUR) October 25, 2019