Manifestantes fazem homenagem a ambulante assassinado no metrô de SP

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Ato chamado pelo Facebook questionou a ausência de segurança para impedir que o ambulante, de 53 anos, fosse espancado. Por Brasil de Fato Em resposta ao brutal assassinato do ambulante Luiz Carlos Ruas na noite deste domingo (25), espancado por dois homens ao tentar impedir que uma travesti fosse agredida, e à ausência da segurança policial no momento do espancamento, ativistas da causa LGBTT se reuniram na tarde desta terça-feira (27), em frente às catracas da Estação Pedro II do Metrô para uma manifestação em homenagem à Ruas. A manifestação, chamada pelo Facebook, questionou a ausência de segurança para impedir que o ambulante, de 53 anos, fosse espancado até a morte. "Onde estavam os responsáveis pela estação e onde estavam os seguranças na hora do covarde ataque? Vamos todos nesta estação cobrar por justiça!", dizem. Inúmeras mensagens de repúdio à brutalidade do ato também foram postadas no evento. Durante o ato, os manifestantes estenderam uma bandeira em favor da causa LGBTT e acenderam velas em homenagem ao ambulante brutalmente espancado. Na próxima sexta-feira (30), às 15h, acontece um novo "Ato em memória de Luiz Carlos Ruas: contra a intolerância e a conivência". O evento é organizado pelo Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais (Catso) e a Pastoral do Povo de Rua. Assassinato Conhecido como "Índio", Luiz Carlos trabalhava como ambulante há 20 anos no local. Na noite de domingo, ele foi espancado até a morte por dois homens após defender uma travesti que estava sendo agredida verbalmente pela dupla e que, não tivesse conseguido fugir correndo, tambèm seria agredida fisicamente — como mostram as cenas da câmera do metrô. Os agentes de segurança da estação chegaram somente quando Luiz Carlos já estava desacordado e os agressores haviam fugido. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital do Servidor, mas não resistiu às brutais agressões. A Polícia Militar já identificou os dois suspeitos. Eles seriam Alípio dos Santos e Ricardo do Nascimento, primos que praticavam artes marciais em uma academia. Os dois, que são considerados foragidos, foram identificados através das imagens por familiares. O caso, que está sob investigação do 1º DP (Sé), indiciará os agressores por homicídio qualificado e agressão a outras duas vítimas.