Manobras na CCJ: Deputado do PR acusa partido de "vender" sua vaga ao governo

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Pouco antes da sessão da CCJ em que será lido o parecer do relator sobre a denúncia contra Michel Temer, inúmeros partidos trocaram os titulares da comissão com o intuito de angariar votos contra a denúncia. Oposição diz, que com as trocas, governo o já ganhou 8 votos. Há até titular que nem sabia que seria substituído e acusou o partido de "vender" sua vaga ao governo  Por Redação  Teve início por volta das 14h30 desta segunda-feira (10) a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados em que será lido o parecer do relator sobre a denúncia por corrupção passiva contra Michel Temer encaminhada pela procuradoria-geral da República (PGR). O relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deve apresentar ainda hoje seu parecer, que servirá para recomendar o prosseguimento ou o arquivamento da denúncia. Após seu parecer, os 131 integrantes da CCJ votarão a favor ou contra a denúncia mas podem ainda pedir vistas, isto é, mais tempo para analisar o parecer do relator. Antes disso, está prevista a fala da defesa de Temer. A sessão teve início já com inúmeras discussões pelas trocas de titulares da comissão feitas de última hora. Só o PR, por exemplo, trocou quatro de seus titulares que não haviam deixado claro se votariam contra ou a favor da denúncia. O movimento é uma manobra clara para angariar votos contra a denúncia. O deputado federal Delegado Waldir (PR-GO) soube apenas durante a sessão que foi retirado da lista de titulares pelo seu partido. Revoltado, ele acusou o PR de "vender" sua vaga no CCJ ao governo. Antes, o deputado havia afirmado que votaria a favor da denúncia. Além do PR, o Solidariedade, o PMDB, o PSD e o PTB trocaram titulares de última hora.
"Partidos trocaram HOJE 12 membros da CCJ da Câmara p/ tentar barrar denúncia contra Temer. Isso é vergonhoso! Mostra a fraqueza do governo", afirmou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). A votação da CCJ não enterra ou aprova a denúncia. Ela servirá apenas de recomendação para a votação nominal no plenário da Casa.