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Protesto cobra respostas do governo sobre desaparecimento dos jovens; grupo criminoso afirma que estudantes foram entregues pela polícia e acabaram assassinados e incinerados
Por Redação
Uma marcha pelos 43 estudantes desaparecidos na cidade de Iguala, no México, terminou em conflito entre policiais e manifestantes. O protesto ocorreu na Cidade do México, na noite de quarta-feira (20), e teve cerca de 15 pessoas detidas.
Em declaração à emissora Televisa, o secretário de Governo Miguel Ángel Osorio Chong afirmou que o governo 'respeitou' e 'acompanhou' a manifestação, que, segundo ele, foi 'ordenada e pacífica' de forma geral.
O secretário argumentou que o presidente Enrique Peña Neto está dedicado a 'descobrir a verdade e punir os responsáveis' pelo desaparecimento dos jovens, que já completa quase dois meses. Ele disse que, durante o ato, a polícia foi atacada por grupos isolados que 'se caracterizam pela violência' e, por isso, precisou agir com 'firmeza'.
O caso permanece repleto de fatos não explicados. No dia 26 de setembro, 43 jovens desapareceram após ataques ordenados pelo então prefeito de Iguala, José Luis Abarca. Seis pessoas morreram e 25 ficaram feridas. De acordo com depoimentos de três integrantes do grupo criminoso Guerreros Unidos, os estudantes foram entregues pela polícia a eles, que trataram de assassiná-los e incinerá-los para sumir com vestígios dos corpos.
Os pais dos desaparecidos não reconhecem essa versão e aguardam análise de peritos argentinos sobre a identidade dos restos mortais encontrados em um lixão da cidade de Cocula, onde membros dos Guerreros Unidos afirmam que os corpos dos estudantes foram incinerados.
Foto de capa: Reprodução /YouTube