Márcio França vai comandar “Big Brother” político no PSB

Sobre uma aliança nacional entre PT e PSB, o ex-governador afirmou que isso depende do Partido dos Trabalhadores “ceder” em disputas locais

Márcio França | Foto: Alesp
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O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) vai comandar o primeiro reality show político para encontrar candidatos. "O Político" terá seis episódios e será exibido no canal de França no YouTube.

O programa será apresentado por França e contará com desafios relacionados a temas que impactam a sociedade e, ao final de cada episódio, dois participantes serão eliminados. vencedor do reality recebera um troféu e vai ganhar bolsa para um curso de ciência política.

Poderão se inscrever as pessoas precisam ter 18 anos ou mais e que morem no estado de São Paulo, que tenham ensino médio completo e que tenham o desejo de seguir carreira na política.

"Lula tem que ceder para compor com PSB"

Em entrevista ao Valor, Márcio França afirmou que não será um empecilho para a uma possível aliança nacional entre o PSB e o PT, mas que Lula e o seu partido precisam ceder.

"Lula é experiente. Sabe que não dá para disputar numa olímpiada as medalhas de ouro, prata e bronze ao mesmo tempo", disse França.

Em outro momento da entrevista, Marcio França, que é pré-candidato ao governo de São Paulo, afirma que a eleição presidencial, a exemplo de outros lugares do mundo, será disputada voto a voto.

"A eleição brasileira será uma eleição perigosa. As últimas três no mundo, EUA, Alemanha e Peru, foram eleições de 50 vírgula alguma coisa a 49 vírgula algo. Não tem tido moleza ultimamente. Não há nenhuma possibilidade, pelo menos aparente, de uma eleição 70% a 30% no Brasil. É claro que o PT está fazendo seus cálculos. Mesmo a pessoa com 90% fica por conta de buscar os outros 10%. No caso do Lula, ele tem 40%, 40% e alguma coisa. Então a pessoa fica em busca de alcançar 50% mais um. É possível que eles abram mão (de ter candidato em SP)? É uma decisão que eles precisam tomar", analisa o líder do PSB paulista.

Ainda sobre a disputa presidencial, França defende que o PSB tenha candidato e próprio e aponta para o nome de Flávio Dino, governador do Maranhão, mas, caso não aconteça e o partido feche com o PT uma aliança nacional, França afirma que os petistas terão de renunciar a algumas posições em disputas locais.

"Se houver condições para que a gente tenha uma posição com o Lula, eu não seria empecilho para isso. Evidentemente, tem de avaliar se para o nosso partido isso é importante. Se for atrapalhar mais do que ajudar, não vale a pena. E aí quem vai dizer quais são essas condições é o PT. Se o PT entender que a prioridade é a eleição presidencial, vão ter de entender que isso significa abrir mão de posições no Brasil", analisa.

Com informações da Folha e Valor