Marina critica política da Petrobras para preços de combustíveis, mas quer ação "seguindo regras do mercado"

"Se por um lado você não pode ter uma ação dogmática contra o mercado, por outro lado você não pode ter uma relação dogmática em relação ao mercado", disse a pré-candidata.

Foto: Reprodução/UOL
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A pré-candidata pela Rede, Marina Silva, participou de uma sabatina na manhã desta terça-feira em São Paulo. Logo no começo da entrevista conduzida por jornalistas do UOL, Folha de São Paulo e SBT, o assunto da paralisação dos caminhoneiros foi abordado. Para Marina, a intervenção do governo na política de preços da empresa seria necessária para impedir a crise provocada pela escassez de combustíveis. Mas ao ser questionada se isso implicaria numa mudança da política atual da empresa, a ex-ministra defendeu que a empresa continue seguindo as regras do mercado. "A elevação do preço dos combustíveis tem a ver com a variação do dólar. O preço do combustível é indexado ao dólar e isso faz com que venha o aumento. A Petrobras tem uma margem, no meu entendimento, para manejar essa situação. Se por um lado você não pode ter uma ação dogmática contra o mercado, por outro lado você não pode ter uma relação dogmática em relação ao mercado. Ninguém aumenta a conta de luz todo dia em função da variação do dólar. 20% do combustível a Petrobras importa, mas existe a outra parte que pode ser usada como margem de manobra. Marina defendeu o tripé macroeconômico, adotado no governo FHC, de uma maneira singular. O câmbio flutuante, uma das bases, a depender dos ventos da economia, deveria deixar de flutuar."Você não pode ter momentos que a flutuação saia do controle. Para isso, você tem mecanismos de intervenção. O governo atual errou ao não se antecipar e agora toma as medidas necessárias no olho do furação", disse a pré-candidata.