Marqueteiro coloca PSDB na justiça por dívida não paga

Luiz Gonzalez, responsável pela campanha presidencial de José Serra em 2010, cobra 8,7 milhões de reais do partido

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Luiz Gonzalez, responsável pela campanha presidencial de José Serra em 2010, cobra 8,7 milhões de reais do partido Por Redação [caption id="attachment_43155" align="alignleft" width="384"] Direção do PSDB afirma que não repassará dívida a José Serra (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom)[/caption] O marqueteiro Luiz Gonzalez, da Campanhas Comunicação, acionou, no início deste mês, a 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial para tentar receber do PSDB parte do valor referente à campanha presidencial de José Serra, em 2010. O partido estaria devendo a Gonzalez 8,7 milhões de reais, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. A cinco meses do início da veiculação da propaganda eleitoral, o PSDB carrega essa pendência. Questionado, o deputado Rodrigo de Castro (MG), tesoureiro da sigla e aliado de Aécio Neves, provável candidato tucano à presidência este ano, evitou se comprometer. "Quem está com esse assunto é o próprio Aécio. É ele que está acompanhando desde o início", disse. Procurado, Aécio preferiu não se manifestar sobre a questão e informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que quem cuida dela é João Almeida, diretor de Gestão Corporativa do partido. Almeida, por sua vez, mostrou preocupação com a campanha de 2014. "Não podemos paralisar o partido para atender a uma dívida do passado. Tem que continuar tocando. Tem uma campanha futura. O bom senso seria pagar depois", declarou. Já Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente executivo da legenda à época da candidatura de Serra e hoje presidente do PSDB no Distrito Federal, afirmou que, apesar de assumir o débito, o partido não tem como pagá-lo neste momento. "Na prestação de contas, a gente reconheceu a dívida. Se a gente reconheceu a dívida, a gente vai pagar (...) quando tiver dinheiro". Realmente, o PSDB já admitiu que deve ao marqueteiro, inclusive judicialmente. Em maio de 2013, o fez por meio de um documento apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral, na intenção de aprovar os gastos da campanha de Serra. O valor da dívida em nome de Gonzalez foi estipulado em 6 milhões, mas, com a correção da Justiça do DF, se transformou em 8,7 milhões. Ainda de acordo com a matéria, o contrato firmado entre o partido e Gonazalez valia 45 milhões no primeiro turno e mais 12 no segundo. A direção do PSDB afirma que não repassará os custos a José Serra. "A campanha é do partido. Não tem por que o Serra pagar. O Gonzalez se precipitou. Nós iríamos fazer um acordo após pagar uma dívida ainda da campanha de 2006", explicou João Almeida.