Médica que recusou atendimento a bebê chora e se diz arrependida

A médica é investigada por homicídio culposo (quando não há intenção), mas o advogado da família do menino Breno, acredita que até a conclusão do inquérito a tipificação poderá ser alterada para dolo eventual.

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A médica é investigada por homicídio culposo (quando não há intenção), mas o advogado da família do menino Breno, acredita que até a conclusão do inquérito a tipificação poderá ser alterada para dolo eventual. Da Redação* Em depoimento que durou quatro horas, na tarde desta segunda-feira (12), a médica Haydee Marques da Silva, de 66 anos, acusada de não socorrer o menino Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, na última quarta-feira (7), chorou e se disse arrependida. Em sua defesa, Haydee sustentou a tese de que, por não ser pediatra, não poderia ter prestado socorro à criança. A médica é investigada por homicídio culposo (quando não há intenção), mas o advogado da família do menino Breno, acredita que até a conclusão do inquérito a tipificação poderá ser alterada para dolo eventual. - Existe a possibilidade de uma mudança na classificação para dolo eventual. A autoridade policial está reunindo provas e materialidade para que se possa configurar a intenção, o crime doloso. Embora a tipificação original tenha sido de homicídio culposo, tudo o que está sendo juntado está indo por um caminho de dolo - explica Gilson Moreira, de 54 anos, advogado da família de Breno. De acordo com o advogado, que teve acesso ao depoimento, a médica foi redundante na defesa: - Foi um depoimento extenso, mas muito redundante. Ela repete o tempo todo que não atende criança, que não é pediatra. Ela negou o atendimento a um paciente que veio a falecer e sustenta essa questão de que por não ser pediatra não poderia atender - critica o advogado. De acordo com o advogado, o inquérito deve ser concluído ainda essa semana. Em seguida, o relatório será enviado ao Ministério Público (MP) estadual. - Ela chorou no depoimento, mas saiu com a mesma frieza com a qual entrou. A conduta é reprovável não só pelo direito, mas pela sociedade. Ninguém quer ter um ente numa situação dessa. Essa senhora não pode continuar exercendo a profissão porque não tem competência, não tem maturidade e equilíbrio emocional - diz Gilson. Felipe Duarte e Rhuana Lopes Rodrigues, pais do bebê, chegaram por volta das 15h35 para depor. *Com informações do Jornal Extra Foto: Reprodução Globo News