Médico é responsável por indicar cloroquina para coronavírus, diz Mandetta

Faltam dados para Ministério da Saúde recomendar utilização ampla

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou nesta terça-feira (7) que a pasta ainda não pode recomendar uma utilização ampla da cloroquina no tratamento de pessoas com coronavírus.

Segundo o ministro, faltam dados científicos sobre a eficácia e as consequências da substância. Mandetta ressaltou, porém, que os médicos têm autonomia para receitar o medicamento e, se for o caso, devem se responsabilizar pela prescrição.

"A prescrição médica no Brasil, a caneta e o CRM do médico, está na mão dele. Se ele quiser comunicar o paciente dele, 'olha, não tenho nenhuma evidência, acho que poderia usar esse medicamento, com tal risco, pode ter isso, e se ele se responsabilizar individualmente, não tem óbice nenhum", disse Mandetta, na coletiva de imprensa.

De acordo com o ministro, o protocolo atual é disponibilizar a cloroquina para pacientes de gravidade média e avançada.

"Para que nós possamos, no Ministério da Saúde, assinar que o Ministério da Saúde recomenda que se tome essa medida, precisamos de um pouco mais de tempo para saber se isso pode ser considerado uma coisa boa ou se tem efeito colateral", destacou Mandetta.

Durante a entrevista de Mandetta, o presidente Jair Bolsonaro, defensor da substância, como solução milagrosa postou no Twitter um vídeo de uma especialista que contraria o seu ministro.