Médico vira réu por abusar de paciente em PS do RS

Um médico de 31 anos que atuava no Pronto-Atendimento Municipal Mais Vida, em Ivoti, no Rio Grande do Sul, virou réu por abusar sexualmente de uma paciente. O caso aceito pela Justiça ocorreu em setembro do ano passado, mas só foi divulgado no início deste ano.

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Um médico de 31 anos que atuava no Pronto-Atendimento Municipal Mais Vida, em Ivoti, no Rio Grande do Sul, virou réu por abusar sexualmente de uma paciente. O caso aceito pela Justiça ocorreu em setembro do ano passado, mas só foi divulgado no início deste ano. Da Redação com Informações da Rádio Guaíba e do G1 Um médico de 31 anos que atuava no Pronto-Atendimento Municipal Mais Vida, em Ivoti, no Rio Grande do Sul, virou réu por abusar sexualmente de uma paciente. Segundo a Rádio Guaíba, o caso aceito pela Justiça ocorreu em setembro do ano passado, mas só foi divulgado no início deste ano. A vítima de 18 anos foi ao pronto-atendimento por causa de uma alergia no olho. O médico, entretanto, aproveitou a consulta para abusar da jovem. Ele apalpou e tocou a menina de forma invasiva, conforme relatou o promotor Charles Martins. “Acredito que ela ficou paralisada diante do que estava acontecendo, não teve reação, o que é muito comum. O médico começou, a pretexto de fazer exame ginecológico – lembrando que o motivo da consulta era uma alergia no olho -, começou a apalpá-la e a tocá-la, de forma bastante invasiva. Às vezes a mulher se culpa, e acaba, às vezes até por pudor e por uma questão cultural, não registrando a ocorrência. O importante é que, neste caso, ela saiu dali e foi direto registrar a ocorrência”, disse. A denúncia do Ministério Público, obtida pelo G1, diz que o médico, "valendo-se de sua profissão, simulando que estava a realizar exame clínico na vítima, acariciou seus seios, sob o pretexto de achar alguma íngua". O documento também menciona que ele apalpou partes íntimas da jovem e chegou a pedir um beijo à paciente no fim da consulta, o que foi negado. Afirma ainda que a jovem registrou a ocorrência assim que deixou o local. Após a divulgação do caso, outra mulher procurou a delegacia para denunciar tentativa de abuso do mesmo médico. "O objetivo da divulgação desse caso é incentivar que as mulheres vítimas de estupro se encorajem e denunciem fatos semelhantes, pois frequentemente os estupradores são pessoas consideradas 'comuns', pacatas e, por vezes, até ostentam posições sociais importantes. Isso faz com que a vítimas se retraiam, pois pensam que ninguém vai acreditar na palavras delas", disse o promotor ao G1. O médico que cumpria regime de plantão está solto, mas, segundo informou a Prefeitura de Ivoti à Rádio Gauíba, não atua mais na cidade.