Comandado por Michelle Bolsonaro, o programa Pátria Voluntária repassou R$ 14,7 mil para uma ONG antiaborto que é presidida pela médica Mariângela Consoli de Oliveira que, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, disse ter sido enviada em uma "iniciativa institucional" ao Espírito Santo para tentar evitar o aborto da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada durante seis anos pelo tio.
Segundo reportagem de Leandro Prazeres, na edição desta sexta-feira (2) do jornal O Globo, com base em informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Associação Virgem de Guadalupe, de São José dos Campos, foi uma das contempladas pelo programa da primeira-dama. Mariângela, no entanto, diz que não procurou o governo para receber os recursos e que a entidade teria sido indicada por alguém que ela não soube identificar.
Presidente da organização católica, Mariângela Consoli fez parte da comitiva enviada ao Espírito Santo pela ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que tentou convencer autoridades e a família a não submeterem a criança ao aborto.
Ao jornal O Globo, Mariângela diz que sua entidade ofereceu suporte à garota, mas negou que tenha atuado para impedir o aborto.
"Ninguém nem tocou nesse assunto. Não se falou sobre ela realizar ou não o aborto. Somos uma obra social. Ela estava em situação de vulnerabilidade social. Oferecemos suporte".